O presidente da França, Emmanuel Macron , defendeu "autonomia estratégica” para evitar que os países europeus sejam “vassalos” dos Estados Unidos e da China . Segundo o líder francês, não há interesse em acelerar a crise em relação a Taiwan .
“A autonomia estratégica deve ser a luta da Europa. Não queremos depender dos outros em questões críticas. O dia em que você não tiver mais escolha de energia, de como se defender, de redes sociais, de inteligência artificial porque não temos mais infraestrutura nesses assuntos, você deixa a história por um momento“, disse.
Macron retornou de uma viagem à China de três dias, onde se encontrou com o presidente Xi Jinping. No último sábado (8), militares chineses realizaram exercícios de ataques contra Taiwan.
“O pior seria pensar que nós, europeus, devíamos seguir o exemplo nesta matéria e adaptarmo-nos ao ritmo americano e ao exagero chinês“, afirmou Macron.
Segundo o francês, a Europa deve construir uma posição alternativa entre EUA e China.
“Se houver uma aceleração da conflagração do duopólio, não teremos tempo nem meios para financiar nossa autonomia estratégica e nos tornaremos vassalos enquanto podemos ser o 3º polo se tivermos alguns anos para construí-lo“, declarou.
Ataques intensificados
Neste domingo (9), a China intensificou os exercícios militares ao redor de Taiwan , no segundo dia de uma operação especial para pressionar a península por sua proximidade com os Estados Unidos.
Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério da Defesa da ilha, foram usados 11 navios de guerra e 70 jatos ao redor de Taiwan. A ação está "cercando" a localidade após a presidente do país, Tsai Ing-wen, ter feito uma viagem aos EUA e se encontrado com expoentes políticos.
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