Subiu para 79 o número de mortos no naufrágio de um barco de migrantes e refugiados na costa de Cutro, no sul da Itália
, em 26 de fevereiro.
Socorristas recuperaram neste domingo (12) os corpos de mais três vítimas, sendo dois meninos pequenos e um homem adulto. Com isso, já são 33 menores de idade confirmados entre os falecidos na tragédia, incluindo 24 com até 12 anos .
O naufrágio de Cutro, pequena cidade da Calábria, é um dos piores dos últimos anos no Mar Mediterrâneo, onde dezenas de milhares de migrantes e refugiados movidos pelo desespero se arriscam em barcos superlotados para chegar à Europa.
Somente a Itália já recebeu 17,6 mil deslocados internacionais via Mediterrâneo entre 1º de janeiro e 10 de março de 2023, quase 200% a mais que no mesmo período do ano passado, segundo o Ministério do Interior.
No entanto, desde a última sexta (10), navios oficiais italianos já salvaram mais de 1,4 mil pessoas que corriam perigo no mar.
A embarcação Diciotti, da Guarda Costeira, chegou em Reggio Calabria no sábado (11) com 584 náufragos a bordo, enquanto barcos de patrulha escoltaram um pesqueiro com 487 migrantes até Crotone, ambas na região da Calábria.
Já o navio Sirio, da Marinha Militar, atracou em Augusta, na Sicília, com 379 deslocados internacionais, também no sábado.
O recrudescimento da crise no Mediterrâneo já fez o governo da premiê Giorgia Meloni aprovar decretos para restringir a atividade de navios de ONGs humanitárias na região e para estabelecer penas de até 30 anos de cadeia para organizadores de viagens clandestinas que resultem em mortes. .