O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken , e Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, tiveram um breve encontro bilateral nesta quinta-feira (2). A conversa aconteceu no local onde acontecem as reuniões do G20, em Nova Delhi, na índia.
A reunião entre as autoridades de Washington e Moscou durou cerca de 10 minutos e um dos assuntos abordados por Blinken foi a reversão da decisão russa de se retirar do Tratato de Redução de Armas Estratégicas, conhecido como New START.
Em entrevista coletiva, o secretário de Estado dos EUA pontuou que o cumprimento do tratado de armas nucleares é de interesse dos dos países, e ressaltou a importância da participação russa.
“Não importa o que mais esteja acontecendo no mundo, em nosso relacionamento, os Estados Unidos estão sempre prontos para se engajar e agir no controle estratégico de armas, assim como os Estados Unidos e a União Soviética fizeram mesmo no auge da Guerra Fria", disse.
Blinken destacou ainda que disse a Lavrov que os norte-americanos seguirão apoiando a Ucrânia na guerra que completou um ano recentemente, e pediu para os russos se engajarem em uma agenda de diplomacia que possa produzir uma "paz duradoura".
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, por sua vez, lançou diversas críticas aos países ocidentais durante entrevista coletiva na Índia. Lavrov fez alusão ao mais recente pacote de sanções imposto pelos EUA aos russospor conta do conflito na Ucrânia.
"É necessário estabelecer uma barreira contra sanções ilegítimas e quaisquer formas de violação da liberdade de comércio internacional", disse, ressaltando que Ocidente pretende subordinar a economia mundial a seus interesses.
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Ele abordou ainda a recusa dos Estados Unidos e de outras nações ocidentais em aceitar as propostas de paz apresentadas pela China em relação à guerra que completou um ano de duração no dia 24 de fevereiro.
“Nossos colegas ocidentais perderam o autocontrole, esqueceram suas maneiras e deixaram a diplomacia de lado, voltando-se exclusivamente para chantagens e ameaças", disse.
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