Zelensky quer encontro com Lula e pede apoio em acordo de paz

Presidente ucraniano disse que enviou convite ao petista e já planeja uma ligação ao brasileiro na próxima semana

Volodymyr Zelensky quer encontro com Lula para debater acordo de paz com a Rússia
Foto: Divulgação/Governo da Ucrânia
Volodymyr Zelensky quer encontro com Lula para debater acordo de paz com a Rússia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta sexta-feira (24) que quer uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu país e pretende se encontrar pessoalmente com o petista. Segundo Zelensky, o convite ao brasileiro já foi enviado.

No  dia em que o conflito completa um ano, o ucraniano afirmou que quer negociar o apoio de países da América Latina ao acordo de paz proposto por Kiev. Para Zelensky, o encontro pessoal com Lula pode ajudar no melhor entendimento da proposta.

“Eu lhe mandei convites para vir à Ucrânia. Realmente espero me encontrar com ele. Gostaria que ele me ajudasse e apoiasse com uma plataforma de conversação com a América Latina”, disse.

“Estou realmente interessado nisso. Estou esperando pelo nosso encontro. Face a face vou me fazer entender melhor”, completou.

Zelensky afirmou ser difícil sair da Ucrânia nesta altura do conflito com os russos, mas ressaltou que o encontro com Lula pode mudar as opiniões do Brasil sobre a guerra.

“É difícil para mim deixar o país, mas eu viajaria especialmente para esta reunião. Eu poderia me comunicar com eles, com sua mídia, com suas sociedades”, afirmou o presidente ucraniano.

Há uma negociação em vista para uma ligação entre Lula e Zelensky na próxima semana. Os acordos de paz de Kiev e a tentativa do Brasil em criar um grupo para negociar o fim do conflito devem estar na pauta da conversa.

Lula mantido a imparcialidade no conflito entre Rússia e Ucrânia. O petista já negou, em diversas oportunidades, o envio de armamentos, tanques e munição aos ucranianos.

Há a preocupação de que uma possível interferência do governo brasileiro prejudique as relações comerciais com a Rússia e China, dois dos principais parceiros do Brasil. Ainda há o receio do prejuízo da imagem do Brasil no cenário internacional, além do veto à indicação de Dilma Rousseff para o banco dos BRICS.