Diversos países enviaram ajudas para o controle do fogo na região
Matt Palmer / Unsplash
Diversos países enviaram ajudas para o controle do fogo na região

O Chile vem passando por diversos incêndios há cerca de uma semana. Os pontos são em florestas localizadas no centro do país, mas vem se espalhando para outras regiões. Para o combate, o Chile mobilizou cerca de 3.400 bombeiros e brigadistas voluntários.

Na linha de frente, vem atuando brigadista da Corporação Nacional Florestal (Conaf) e de companhias florestais, além dos bombeiros da região e outras localidades. Os bombeiros, diferentemente dos brigadistas, trabalham de forma voluntária, sem receberem salário. Eles trabalham com uma liberação dos empregadores.

“O que nos motiva a sermos bombeiros é a vontade e o serviço. Nenhum pagamento vai recompensar a gratidão das pessoas”, diz José Antonio Sepúlveda, engenheiro comercial que atua como bombeiro voluntário.

A professora e bombeira voluntária, Macarena Fernández, diz que “a sexta-feira foi o dia mais críticos”, completando afirmando que fizeram “o que era humanamente possível, o que estava dentro dos [seus] recursos”. Macarena diz que o que é mais “dramático é ver a situação das pessoas que estão sem suas casas, famílias, animais e totalmente desamparadas".

Agora, após cerca de uma semana em meio a emergência ininterrupta, o governo diz que os empregadores pedem para os funcionários retornem aos cargos de origem.”Esse tempo, enquanto houver um incêndio que ameace vidas, não é muito longo. [...] Quanto mais dias [de incêndios], mais os voluntários são necessários, mais cansados estão e mais precisam do apoio e disposição de seus empregadores para fornecer esses tipos de facilidades", disse a ministra do Interior, Carolina Tohá.

As autoridades chilenas declaram alerta vermelho na região de Los Ríos, ao qual há focos de incêndio nos municípios de Corral e Valdivia. Eles temem que até a próxima sexta-feira (10), novos focos surjam em O'Higgins, que fica na região de Santiago.Segundo as informações meteorológicas, é esperado que as temperaturas superem os 37ºC. Atualmente são encontrados 301 focos de incêndio ativos, com 81 sendo combatidos.

O subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, disse nesta terça que trata-se de “uma situação muito complexa que pode ser gerada a partir do ponto crucial. Por isso, é preciso preparar todos os equipamentos para uma eventualidade e necessidade para combater os incêndios que possam surgir”.

Os incêndios somam ao todo 26 mortes, e mais de 1.900 feridos, que estavam nas regiões de Biobío, Maule e Ñuble. As chamas consumiram nesta semana mais de 280 mil hectares, além de destruírem 1.150 residências.

As causas dos incêndios parecem não serem apenas o calor extremo. 15 suspeitos de iniciarem os focos de fogo foram detidos, com oito deles tendo apresentação das acusações formais.

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