Um ex-assessor de George Santos enviou uma denúncia ao Congresso dos Estados Unidos e à Polícia de Nova York em que acusa o parlamentar brasileiro de assédio sexual quando atuou em seu gabinete no Capitólio. Segundo a vítima, Santos passou a mão em suas pernas e tentou xaveca-lo durante o trabalho.
No documento, Derek Meyers relata que trabalhou no gabinete de George Santos voluntariamente em janeiro deste ano. O deputado havia prometido efetivá-lo no cargo, o que não aconteceu.
No último dia 25, George teria questionado Meyers sobre a participação em um aplicativo de relacionamento. Ao receber a negativa, passou a mão nas pernas da vítima e a chamou para um karaokê.
Enquanto estava em seu escritório pessoal revisando a correspondência, ele me chamou de 'amigo' e insistiu que eu sentasse ao lado dele em um pequeno sofá", disse o ex-assessor.
"Continuei com a discussão sobre a correspondência, mas o congressista me interrompeu colocando a mão na minha perna esquerda, perto do meu joelho, e disse: 'Ei amigo, vamos ao karaokê hoje à noite?", completou.
Nas redes sociais, Meyers tratou o caso como 'gravíssimo' e cobrou a investigação das autoridades. O Capitólio confirmou que recebeu as denúncias por meio do Conselho de Ética da casa.
George Santos sofre com diversas acusações nos últimos meses. Em dezembro, o jornal The New York Times descobriu que o parlamentar brasileiro mentiu em seu currículo para conseguir votos.
Funcionários ainda acusaram Santos de assédio moral, o que é investigado pelo Capitólio.
Primeiro membro do Partido Republicano a assumir ser homossexual abertamente, Santos é alvo de diversas investigações sobre os recursos recebidos em sua campanha. As empresas que estão em seu nome também são investigadas.
Após a divulgação do caso, o Ministério Público do Rio de Janeiro reabriu um processo contra o parlamentar por estelionato.
A repercussão das acusações provocou a renúncia de George Santos em participação de comitês do Congresso norte-americano. O deputado, porém, já afirmou reiteradamente que não vai renunciar ao mandato.