O presidente da Rússia, Vladimir Putin , anunciou, nesta quinta-feira (5), o primeiro cessar-fogo desde que o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado . As tropas russas não irão atacar por 36 horas, a partir do meio-dia de amanhã, dia 6, até o dia 7 — quando é celebrado o Natal ortodoxo .
Grande parte da população da Rússia e Ucrânia é adepta ao cristianismo ortodoxo, ou seja, não comemora o Natal em 25 de dezembro, já que o calendário das celebrações religiosas é diferente.
Em comunicado, Putin disse ter seguido orientação do patriarca da Igreja Ortodoxa russa , Cirilo, que é aliado político do mandatário.
"A partir do fato de um grande número de cidadãos de fé ortodoxa moram nas áreas das hostilidades, pedimos ao lado ucraniano para declarar um cessar-fogo e permitir a eles participar dos serviços na véspera e no dia do Natal", afirmou Putin .
Ele, ao anunciar a medida, sugeriu que Kiev também aderisse ao cessar-fogo. A Ucrânia , por outro lado, rejeitou a sugestão e a considerou "hipocrisia".
Nas redes sociais, o assessor presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak afirmou que a proposta de Cirilo era "uma armadilha cínica e elemento de propaganda".
Após a emissão do comunicado de Putin , ele escreveu que "a Federação Russa deve deixar os territórios ocupados, e só aí haverá uma trégua temporária". "Guarde a hipocrisia para si", publicou.
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