Mortes no Peru chegam a 24; comissão da OEA pede investigação
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Mortes no Peru chegam a 24; comissão da OEA pede investigação

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos condenou e pediu a investigação das mortes ocorridas nos  protestos no Peru, que começaram após a destituição e prisão do ex-presidente  Pedro Castillo, em 7 de dezembro. Segundo o mais recente balanço do Ministério da Saúde peruano, 24 pessoas já morreram.

"Os fatos devem ser investigados e os responsáveis ​​devem ser punidos. Minha solidariedade às famílias das vítimas", escreveu o relator da comissão, Stuardo Ralón Orellana.

Neste sábado, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos expressou "preocupação com a escalada exponencial da violência nos protestos no Peru". A entidade, que faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA), também fez um "forte apelo a todas as pessoas envolvidas para que invistam seus esforços na solução da crise por vias democráticas e com o mais alto apego aos direitos humanos".

Na última quarta-feira, o governo peruano declarou estado de emergência em todo o país por 30 dias para tentar conter as manifestações cada vez mais violentas, suspendendo direitos de reunião em todo o país e autorizando a atuação de militares nas ruas.

Os protestos no país começaram depois que Castillo tentou fechar o Congresso. Pouco tempo depois, ele foi deposto e preso. Desde então, Boluarte, que assumiu o cargo com a saída de Castillo, enfrenta a pressão das ruas, que pedem a sua renúncia, a libertação do ex-presidente destituído e a convocação de novas eleições.

Na quinta-feira, a Justiça decidiu que o ex-presidente permanecerá preso preventivamente por 18 meses, até junho de 2024, enquanto é investigado.

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