A presidente do Peru, Dina Boluarte, afirmou, neste sábado (17), que permanecerá no cargo e exigiu que o Congresso antecipe as eleições para acabar com a onda de protestos que eclodiram após a destituição de seu antecessor, Pedro Castillo.
Na quarta-feira, o governo decretou estado de emergência em todo o país, suspendendo direitos de reunião e manifestação, e nesta sexta, o Parlamento rejeitou a antecipação das eleições de 2026 para 2023.
"O que se resolve com a minha renúncia? Seguiremos firmes aqui até que o Congresso resolva a antecipação das eleições. Exijo que se reconsidere a votação", declarou Boluarte.
O parecer obteve 49 votos a favor, 25 abstenções e 33 contra. Como era uma proposta de mudança constitucional, ela precisaria do apoio de 87 deputados, o equivalente a dois terços dos integrantes do Legislativo.
"Oitenta e três por cento da população querem eleições antecipadas. Portanto, parlamentares, não procurem desculpas para não adiantar as eleições. Não se abstenham de votar. Votem pensando no interior do país. Não se escondam atrás de uma abstenção", completou Boluarte.
Crise no país
As manifestações no Peru começaram depois que Pedro Castillo tentou fechar o Congresso. Ele foi deposto e preso.
A Justiça decidiu na quinta-feira que o ex-presidente permanecerá preso preventivamente por 18 meses, até junho de 2024, enquanto é investigado por rebelião e outros delitos pela tentativa de fechamento do congresso.
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