Trump é processado novamente por jornalista que o acusa de estupro

Elizabeth Jean Carroll move um processo contra o ex-presidente por difamação pelo fato de ele ter negado tê-la estuprado 27 anos atrás

Donald Trump
Foto: Reprodução/Twitter
Donald Trump

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi processado na quinta-feira (24) por difamação pela segunda vez por Elizabeth Jean Carroll , uma jornalista americana. Ela o acusa de mentir novamente ao negar que ele a estuprou 27 anos atrás, na década de 90. Em uma ação apresentada no tribunal federal de Manhattan, Elizabeth acusa Trump de ter a estuprado e agredido dentro de um provador na loja de departamentos Bergdorf Goodman, em Manhattan.

Apesar de o fato ter acontecido décadas atrás, a jornalista entrou com uma ação sob a Lei de Sobreviventes Adultos de Nova York. A nova lei que dá às vítimas de agressão sexual uma janela de um ano para processar seus supostos agressores, mesmo que o abuso tenha ocorrido há muito tempo e o crime tenha prescrevido.

A primeira vez que Elizabeth processou Trump pelos crimes foi em 2019. Em junho daquele ano, o ex-presidente veio à público pela primeira vez e negou veemente as acusações, afirmando que sequer conhece a jornalista e que ela "não fazia seu tipo" . Meses depois, em 12 de outubro, ele fez um post em sua conta na rede social Truth Social, na qual desmentiu novamente a acusação e zombou de Elizabeth.

Quando Trump ainda era presidente, em 2020, o Departamento de Justiça, então sob o comando de William Barr, tentou interferir no processo de difamação. O órgão moveu a ação para a Justiça Federal e tentou mudar o réu: em vez de Trump, o acusado seria o Estado americano. Se isso acontecesse, o processo provavelmente seria descartado, já que o governo federal não pode ser processado por difamação.

O juiz do caso, Lewis Kaplan, no entanto, rejeitou as manobras do governo federal. Ele argumentou que o ex-presidente não estava exercendo as atribuições de seu cargo quando o crime teria acontecido e que, de qualquer maneira, as alegações não têm nenhuma relação com o cargo.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG .