A Justiça do Reino Unido negou, nesta quarta-feira (23), a possibilidade do Parlamento autônomo da Escócia convocar um novo referendo de independência sem a autorização do Parlamento britânico.
A autorização para fazer a consulta está reservada ao Parlamento do Reino Unido e, por isso, o Parlamento escocês não tem capacidade para legislar sobre isso.
A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, se disse "desapontada" com a decisão. Para ela, “negar a um dos sócios” o direito de decidir o seu futuro “é uma pílula difícil de engolir para qualquer defensor da independência e da democracia”.
"Devemos encontrar, e encontraremos, outro meio democrático, legal e constitucional pelo qual o povo escocês possa expressar sua vontade".
O Partido Nacional Escocês (SNP) tinha anunciado uma nova consulta para 19 de novembro de 2023, mas Sturgeon prometeu que seria um referendo legal e acordado com Londres, como aconteceu em 2014, quando o “não” à independência venceu com 55% dos votos.
Na ocasião, o principal argumento contra a separação era o fato que a decisão deixaria a Escócia fora da União Europeia. Mas, hoje o cenário é diferente. Isso porque os escoseses pretendem voltar à União Europeia.
O governo escocês há um ano mantém uma campanha sobre o projeto de independência, com documentos para explicar todos os aspectos políticos e jurídicos da decisão.
As pesquisas mostram que os escoceses estão quase igualmente divididos a favor (49%) e contra (51%) a separação do Reino Unido, principalmente com o desejo de voltar ao Bloco Europeu.
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