Episódio envolvendo a Polônia, país membro da Otan , criou uma crise ainda não vista entre Moscou e a aliança militar ocidental. O Ministério da Defesa da Rússia afirmou hoje que os mísseis disparados na terça-feira (15) chegaram a 35 quilômetros de distância da fronteira em direção ao território ucraniano.
O Ministério de Relações Exteriores polonês afirmou que dois mísseis caíram em uma armazém de grãos no vilarejo de Przewodów, matando duas pessoas. A região está localizada a cerca de 6 quilômetros da fronteira com a Ucrânia. Em resposta, o Ministério da Defesa russo culpou a Ucrânia pelo lançamento.
Conflito
Como membro da aliança militar do Ocidente, a queda de um míssel na Polônia poderia causar um conflito maior com outros membros como os Estados Unidos, por exemplo. O estatuto da Otan prevê defesa de todos os associados em caso de ataque de um terceiro país. Outros países europeus do bloco também poderia contraatacar a Rússia de acordo com o documento.
"As fotos publicadas na noite de 15 de novembro na Polônia dos destroços encontrados na vila de Przewodow são inequivocamente identificadas por especialistas da indústria de defesa russa como elementos de um míssil guiado antiaéreo do sistema de defesa aérea S-300 do ucraniano força do ar," afirmou a nota.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, acredita que este episódio revela uma "russofobia histérica" entre os países do Ocidente. Até o momento, os governos de Joe Biden e Vladimir Putin compartilham da mesma opinião de que os mísseis que atingiram a Polônia 'parecem não ter sido disparados por Moscou'.
O presidente dos Estados Unidos teria dito aos membros do G7 (grupo dos países mais ricos do mundo - e os parceiros da aliança militar) que a explosão provavelmente foi causada por algum míssil de defesa aérea ucraniano.
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