'Pouco provável', diz Biden sobre Rússia lançar míssil contra Polônia

O presidente da Polônia afirmou que é provável que o país acione o Artigo 4 da Otan em uma reunião marcada para esta quarta-feira (16)

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden
Foto: Darren McGee/Office of Governor Kathy Hochul - 06.10.2022
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

Na noite desta terça-feira (15), após um míssil de fabricação russa cair na Polônia e matar duas pessoas no país , o presidente do EUA , Joe Biden , afirmou que, de acordo com informações iniciais, considera "pouco provavel" que o artefato tenha sido disparado pela Rússia .

"Existe uma informação preliminar que contesta isso. Eu não quero afirmar isso antes de a investigação ser concluída, mas pela trajetória do míssil é pouco provável que ele tenha sido disparado da Rússia", disse Biden

Logo depois de uma reunião de emergência com líderes do G20 em Bali, na Indonésia, Biden fez um pronunciamento à imprensa.

"Nós concordamos em ajudar a investigação polonesa sobre a explosão perto da fronteira com a Ucrânia. Nós vamos tomar uma decisão coletiva sobre quais serão os próximos passos ao fim da investigação", afirmou o presidente americano.

No entanto, apesar desconsiderar em um primeiro momento um possível ataque russo contra Polônia, o presidente dos EUA criticou a escalada das tensões e bombardeios contra Ucrânia durante a terça. "Eles atacaram enquanto nós estávamos reunidos", concluiu Biden.

Atualmente, a Polônia faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte ( Otan ), aliança militar formada em 1949 e que hoje conta com 30 países, incluindo os EUA. 

Andrzej Duda, presidente da Polônia, afirmou que é provável que o país acione o Artigo 4 da Otan em uma reunião marcada para esta quarta-feira (16).

O Artigo 4 do tratado diz que "as Partes consultar-se-ão sempre que, na opinião de qualquer delas, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das Partes".

Já o Artigo 5 menciona invasões a nações que fazem parte da Otan. Ele diz que "um ataque armado contra uma ou várias delas na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque a todas" e prevê ainda a possibilidade de "emprego da força armada, para restaurar e garantir a segurança".

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