Vídeos: policiais iranianos atiram contra manifestantes no metrô

Forças de segurança também foram gravados agredindo protestantes dentro e fora de vagões

Manifestantes iranianos são agredidos por policiais em estação de metrô
Foto: Reprodução/Twitter
Manifestantes iranianos são agredidos por policiais em estação de metrô


A população iraniana segue indo às ruas para protestar contra a morte de Mahsa Amini.  Nesta terça-feira (15), policiais foram gravados atirando e agredindo manifestantes dentro de uma estação de metrô. 

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pessoas aglomeradas em uma plataforma de trem e, ao fundo, é possível ouvir barulhos de disparos. Os manifestantes tentam correr para se proteger e alguns caem no chão. 

Outros registros mostram as forças de segurança iranianas agredindo as pessoas com cassetetes dentro e fora de vagões do metrô. As informações da imprensa local, inclusive, são de que muitas mulheres foram alvo das agressões.

As agressões aconteceram na estação Teatr-e Shahr do metrô iraniano, localizada na capital do país, Teerã. Manifestantes foram gravadas gritanto "morte ao ditador" no local, em referência a Ebrahim Raisi, presidente do país. 

Outros vídeos mostram mulheres tirando e queimando hijabs na estação enquanto gritos de protesto com o líder do país em meio a dezenas de passageiros. 

Protestos no Irã

Os protestos se iniciaram após a prisão e a posterior morte de Mahsa Amini , uma jovem de 22 anos que havia sido detida por não usar o hijab de maneira "correta". Originária do Curdistão iraniano, ela morreu três dias depois de ser detida em Teerã.

Mahsa Amini visitava a capital do país com sua família quando foi abordada pelos agentes da polícia da moralidade,  sendo presa em seguida acusada de usar de maneira incorreta o hijab e pelo fato de não trajar roupas largas nos braços e nas pernas. Logo após a abordagem, ela chegou a desmaiar enquanto era levada para um centro de detenção para ser “educada”.

A família de Amini alega que ela foi espancada dentro da polícia da moralidade, antes de ser transferida para uma “aula de reforço sobre a necessidade de cobertura islâmica”. Em resposta, a polícia apresentou vídeos do circuito interno que provariam que ela saiu da van e entrou na aula aparentemente ilesa.

O Irã, por sua vez, afirma que a morte de Amini está relacionada a sequelas de uma cirurgia no cérebro e não foi causada por espancamento.

A ONG Iran Human Hights divulgou dados que dão conta de que 342 pessoas morreram por conta da repressão policial aos protestos. 43 crianças estariam entre os mortos.

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