A população iraniana segue indo às ruas para protestar contra a morte de Mahsa Amini. Nesta terça-feira (15), policiais foram gravados atirando e agredindo manifestantes dentro de uma estação de metrô.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pessoas aglomeradas em uma plataforma de trem e, ao fundo, é possível ouvir barulhos de disparos. Os manifestantes tentam correr para se proteger e alguns caem no chão.
Anywhere in the world,shooting citizens directly at the subway station’s a terrorist operation.
— Cassandane (@IranReportsNow) November 15, 2022
Today,Iran’s the only place where the terrorists are police officers & government officials,ordered by the leadership, #Khamenei the killer #IranRevolution #IslamicRepublicTerrorists pic.twitter.com/BCtg8JwatP
Outros registros mostram as forças de segurança iranianas agredindo as pessoas com cassetetes dentro e fora de vagões do metrô. As informações da imprensa local, inclusive, são de que muitas mulheres foram alvo das agressões.
Nov. 16 - Theatr-E Shahr Subway Station, Tehran, #Iran
— Iran News Wire (@IranNW) November 16, 2022
Male and female security forces violently arrested protesters in the subway station today.
Look how a female agent clutches a young woman by her hair to keep her still. #IranRevolution pic.twitter.com/vu89WZs3tG
This is like a horror movie. Pro-regime forces enter a subway car in Iran and start beating the hell out of passengers. This regime would brutalize the entire population to stay in power.
— Vahid 🇺🇦 (@vahid_y1) November 16, 2022
Source: @1500tasvir
pic.twitter.com/VOJ74x9vyS
As agressões aconteceram na estação Teatr-e Shahr do metrô iraniano, localizada na capital do país, Teerã. Manifestantes foram gravadas gritanto "morte ao ditador" no local, em referência a Ebrahim Raisi, presidente do país.
Outros vídeos mostram mulheres tirando e queimando hijabs na estação enquanto gritos de protesto com o líder do país em meio a dezenas de passageiros.
Protesters at a Tehran metro station today set fire to a headscarf for women and chant Iran's supreme leader "will be toppled" this year as nationwide anti-regime rallies enter their ninth week. #مهسا_امینی #MahsaAmini pic.twitter.com/rbE8GUWNkI
— Shayan Sardarizadeh (@Shayan86) November 15, 2022
Protestos no Irã
Os protestos se iniciaram após a prisão e a posterior morte de Mahsa Amini , uma jovem de 22 anos que havia sido detida por não usar o hijab de maneira "correta". Originária do Curdistão iraniano, ela morreu três dias depois de ser detida em Teerã.
Mahsa Amini visitava a capital do país com sua família quando foi abordada pelos agentes da polícia da moralidade, sendo presa em seguida acusada de usar de maneira incorreta o hijab e pelo fato de não trajar roupas largas nos braços e nas pernas. Logo após a abordagem, ela chegou a desmaiar enquanto era levada para um centro de detenção para ser “educada”.
A família de Amini alega que ela foi espancada dentro da polícia da moralidade, antes de ser transferida para uma “aula de reforço sobre a necessidade de cobertura islâmica”. Em resposta, a polícia apresentou vídeos do circuito interno que provariam que ela saiu da van e entrou na aula aparentemente ilesa.
O Irã, por sua vez, afirma que a morte de Amini está relacionada a sequelas de uma cirurgia no cérebro e não foi causada por espancamento.
A ONG Iran Human Hights divulgou dados que dão conta de que 342 pessoas morreram por conta da repressão policial aos protestos. 43 crianças estariam entre os mortos.
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