A nova premier italiana Giorgia Meloni negou ter qualquer “proximidade” ou “simpatia” pelo fascismo. Horas antes do voto de confiança, nesta terça-feira, que dará o pontapé inicial na nova gestão, ela declarou lealdade à União Europeia.
Meloni é filha política de uma organização herdeira das ideias do ditador. Durante a fala, ela afirmou que as leis raciais introduzidas por Mussolini em 1938 contra judeus, negros e outras minorias foram “o ponto mais baixo da História italiana e uma vergonha.
A fala de 70 minutos no Legislativo é parte importante dos procedimentos políticos no país.
"Apenas um país que respeita plenamente as regras pode ter autoridade suficiente para demandar no nível europeu e ocidental que o custo da crise energética internacional seja dividido mais igualitariamente", afirmou ela.
Guerra na Ucrânia
Apesar de Meloni ser uma defensora da ajuda a Kiev, seus parceiros de coalizão têm históricos de maior proximidade com Vladimir Putin.
Às vésperas do anúncio do acordo do novo governo, na sexta, foi vazado um áudio em que Berlusconi exalta sua amizade com Putin. Tanto o ex-premier quanto Salvini tentam se distanciar de Moscou.
"Há aqueles que acreditam que é possível trocar a liberdade da Ucrânia pela tranquilidade de nossa consciência. Ceder às chantagens energéticas de Putin não vai resolver o problema, só vai agravá-lo ao pavimentar o caminho para mais demandas e chantagens, com novos aumentos do preço da energia, inclusive superiores aos registrados nos últimos meses".
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