São ao menos 315 as pessoas que vão responder criminalmente pelos protestos realizados no Irã desde o dia 16 de setembro, data da morte da jovem Mahsa Amini , informaram as autoridades judiciárias nesta segunda-feira (24).
Quatro dos acusados podem ser condenados à morte se forem considerados culpados.
O procurador do tribunal revolucionário, Ali Salehi, afirmou que essas pessoas "criaram insegurança através do uso das armas" e que "fizeram uma colusão contra a segurança, [...] propaganda contra o regime e danos à ordem pública".
A morte de Amini, que ocorreu sob detenção da chamada "polícia da moral e dos bons costumes", por não usar corretamente o véu islâmico, desencadeou uma forte onda de manifestações populares tanto pelo falecimento como pedindo por mais direitos para as mulheres.
Irã diz que Mahsa morreu por doença
A morte de Mahsa Amini durante uma detenção no Irã pela chamada polícia da moral está relacionada a sequelas de uma cirurgia no cérebro e não foi causada por espancamento, segundo um relatório divulgado pelo governo do país no dia 7 de outubro.
A Organização Médico-Legal Iraniana disse que "a morte de Mahsa Amini não foi causada por pancadas na cabeça e órgãos vitais", mas por "intervenção cirúrgica devido a um tumor cerebral aos 8 anos".
Entretanto, o pai da jovem de 22 anos havia afirmado que a filha estava em "perfeita saúde" no dia em que foi presa, 13 de setembro, quando a família passeava em Teerã.
A ONG Iran Human Rights informa que 215 manifestantes já morreram em meio aos protestos contra a morte de Amini. A organização aponta ainda que 27 crianças foram mortas desde a eclosão das manifestações .
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