O Ministério da Defesa de Belarus confirmou a chegada de uma grande frota de veículos militares da Rússia e que atuarão na área da fronteira com a Ucrânia , informa a pasta por meio da agência de notícias Tass nesta segunda-feira (14).
Segundo nota assinada pelo chefe do Departamento de Cooperação Militar Internacional da pasta, Viktor Khrenin, já são cerca de 170 tanques, 200 veículos de combate e 100 canhões e morteiros que serão usados no "grupo regional de forças". Ao todo, serão nove mil militares dos dois países na área.
Já a agência local de Belarus, Belta, destacou que o "o grupo regional de tropas e forças de Belarus e da Rússia iniciou o seu deslocamento e o cumprimento das suas missões para a defesa armada do Estado da União".
A movimentação havia sido anunciada em 10 de outubro pelo presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, chamado de "último ditador da Europa" por estar no poder desde 1994 e principal aliado regional do russo Vladimir Putin . A justificativa seria uma possível "invasão" de Kiev a seu território, algo considerado "mentiroso" pelos ucranianos.
No entanto, há o temor de que a presença maciça de tropas russas na região possa agravar ainda mais a guerra, já que apesar de enorme, com mais de mil quilômetros, as áreas fronteiriças entre os dois países estão distantes do fronte de batalha.
Em fevereiro, quando Moscou ordenou a invasão, diversas tropas e veículos russos entraram na Ucrânia por Belarus. Os militares estavam no país sob a desculpa de exercícios militares conjuntos, como os anunciados agora.
União Europeia
Em um rascunho do documento final do próximo Conselho Europeu, marcado para 20 e 21 de outubro, há a citação para um possível incremento de sanções contra Belarus pela atual participação na guerra ucraniana.
"O Conselho Europeu convida as autoridades de Belarus a não permitir mais a guerra de agressão russa, permitindo que as forças armadas russas usem o território de Belarus e fornecendo apoio ao Exército russo. O regime de Belarus deve respeitar plenamente as suas obrigações no direito internacional", diz um trecho do documento.
Ainda conforme a citação, a "UE está pronta a intervir rapidamente com novas sanções contra Belarus, se necessário".
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