O governo dos Estados Unidos fechou um acordo com o México, nesta quarta-feira, para aceitar a entrada de até 24 mil imigrantes venezuelanos.
"Existe uma maneira legal e ordenada para os venezuelanos entrarem nos Estados Unidos, e a entrada legal é a única maneira", disse o secretário de Segurança Nacional mexicano, Alejandro Mayorkas.
Os venezuelanos aceitos "serão autorizados, caso a caso, a viajar diretamente para os Estados Unidos por via aérea, aliviando assim a pressão na fronteira", e poderão se candidatar a empregos, informou o Departamento de Segurança Nacional americano.
Nos últimos anos, o número de pessoas fugindo da Venezuela disparou nas Américas. Desde 2015, mais de 6,8 milhões de venezuelanos deixaram o país, segundo a ONU, rumo, principalmente, a outros países sul-americanos.
Entre outubro de 2021 e agosto de 2022, mais de 150 mil imigrantes venezuelanos foram detidos na fronteira Sul dos Estados Unidos, e mais de 95 mil só este ano.
Um relatório da ONU mostra que cerca de 4,3 milhões de refugiados e migrantes da Venezuela têm dificuldades de acesso a alimentação, moradia e emprego formal nos países onde vivem atualmente.
No Equador, por exemplo, segundo o documento, 86% dos migrantes venezuelanos dizem não ter renda suficiente para suprir suas necessidades básicas, enquanto no Chile 13% deles vivem abaixo da linha da pobreza.
O presidente dos EUA, Joe Biden, defende ser a favor da imigração "ordenada" sob o princípio da responsabilidade compartilhada.
Paralelamente, o Ministério das Relações Exteriores do México afirmou que a nova abordagem foi coordenada entre os dois países.
A pedido do México, os Estados Unidos concordaram em "aumentar a mobilidade na região com 65 mil novos vistos de trabalho", para mão de obra temporária não agrícola, dos quais 20 mil para pessoas da América Central e Haiti.
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