A ONG Iran Human Rights informou, nesta quarta-feira (12), que 201 manifestantes já morreram em meio aos protestos contra a morte de Mahsa Amini . A organização aponta ainda que 23 crianças foram mortas desde a eclosão das manifestações.
A ONG denuncia também que a internet foi "severeamente interrompida" na cidade de Sanandaj, capital da província do Curdistão iraniano. Protestos generalizados foram registrados no local nos últimos três dias.
A Iran Human Rights informa que as mortes foram registradas em 18 províncias do país. Mazandaran registrou 23 óbitos, enquanto a capital do Irã, Teerã, teve 11 mortes.
"A Iran Human Rights também recebeu inúmeros relatos de prisões em massa de manifestantes e ativistas da sociedade civil que foram identificados por agências de inteligência. O uso de tortura e maus-tratos contra manifestantes foi amplamente divulgado, com pelo menos duas mortes sob custódia", informou a ONG.
Irã diz que Mahsa Amini morreu por doença
A morte de Mahsa Amini durante uma detenção no Irã pela chamada polícia da moral está relacionada a sequelas de uma cirurgia no cérebro e não foi causada por espancamento, segundo um relatório divulgado pelo governo do país nesta sexta-feira (7).
A Organização Médico-Legal Iraniana disse que "a morte de Mahsa Amini não foi causada por pancadas na cabeça e órgãos vitais", mas por "intervenção cirúrgica devido a um tumor cerebral aos 8 anos".
Entretanto, o pai da jovem de 22 anos havia afirmado que a filha estava em "perfeita saúde" no dia em que foi presa, 13 de setembro, quando a família passeava em Teerã .
Amini foi acusada de não portar adequadamente o véu muçulmano. Segundo informações, ela havia sofrido golpes na cabeça na delegacia, mas o relatório oficial nega as duas afirmações.
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