As autoridades do Irã bloquearam, nesta quinta-feira (22), o acesso ao Instagram e ao WhatsApp no país após seis dias de protestos pela morte de uma jovem detida pela polícia da moral. Os protestos já deixaram 17 vítimas no país.
A morte de Mahsa Amini, de 22 anos, foi muito criticada por países e diversas ONGs internacionais, que denunciaram a repressão "brutal" contra os manifestantes.
Autoridades iranianas negaram qualquer envolvimento na morte dos manifestantes.
A jovem Mahsa Amini, do Curdistão, foi detida no dia 13 de setembro em Teerã acusada de "usar roupa inapropriada" pela polícia da moral, uma unidade responsável por observar o cumprimento do rígido código de vestimenta. Ela morreu 3 dias após ser detida.
De acordo com ativistas, Mahsa Amini foi agredida brutalmente na cabeça, mas as autoridades iranianas negaram.
As manifestações começaram logo depois do anúncio de sua morte e foram registradas em 15 cidades do país.
Desde o início das manifestações, as conexões com a internet ficaram mais lentas e as autoridades bloquearam em seguida o acesso ao Instagram e WhatsApp. Os aplicativos são os mais utilizados no Irã após o bloqueio nos últimos anos de plataformas como YouTube, Facebook, Telegram, Twitter e Tiktok. Além disso, o acesso à internet é amplamente filtrado ou restrito pelas autoridades.
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