Desde que o presidente Vladimir Putin convocou uma mobilização parcial dos militares da reserva para se apresentarem às tropas na Ucrânia, foi relatada uma onda de pessoas tentando deixar o país.
Autoridades da Ossétia do Norte, na fronteira sul da Rússia, informaram na segunda-feira que uma fila de cerca de 3.500 carros se formou na fronteira com a Geórgia.
O parlamentar russo, Sergey Tsekovl, disse que homens elegíveis para o serviço militar não deveriam receber autorização para viajar para o exterior enquanto a mobilização militar parcial estiver em curso.
“Todo mundo cuja idade o torna sujeito ao recrutamento deve ser proibido de ir ao exterior nas atuais circunstâncias”, disse Sergey Tsekov, senador da Crimeia, à agência de notícias RIA Novosti na segunda-feira.
O membro do Conselho da Federação, câmara alta do parlamento russo, disse que "as pessoas com isenção do serviço militar ainda podem deixar o país". Porém, sugeriu aumentar as penalidades para quem não comparecer ao chamado militar.
De acordo com o Ministério da Defesa, apenas militares da reserva, preferencialmente com experiência em combate, e não os recrutas regulares, estão sendo convocados.
As propostas de Tsekov foram criticadas por colegas legisladores em ambas as câmaras do parlamento. O senador Andrey Klishas respondeu pedindo a "todos os colegas" que prestem mais atenção ao fornecimento de benefícios sociais aos russos mobilizados e garantam que nenhuma violação seja feita no processo, em vez de "aumentar as tensões".
Yevgeny Popov, membro da Duma do Estado, disse que os pedidos de restrições de viagem eram “excessivos” e “prejudiciais”, já que “nosso povo tem o direito de se movimentar como bem entender”.
Ele disse que algumas regiões russas já relataram mobilizar reservistas suficientes para cumprir a cota do Ministério da Defesa, e o resto do país em breve o alcançará.
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