O principal político da oposição da Ucrânia foi libertado como parte de uma troca de prisioneiros em larga escala com a Rússia, anunciou o presidente Vladimir Zelensky na manhã desta quinta-feira.
Um total de 215 soldados e outros militares foram 'devolvidos à Ucrânia', disse o presidente em seu discurso de rotina transmitido por vídeo chamada.
Entre os prisioneiros está Viktor Medvedchuk , preso no ano passado pelo governo ucraniando por acusações de traição, onde à época seus colegas de partido alegaram ter motivação política.
Zelensky afirmou que Kiev conseguiu resgatar 188 combatentes capturados quando as tropas russas e de Donbass tomaram o porto de Mariupol, no Mar de Azov, em maio deste ano. Entre eles estão 108 membros do Batalhão Azov, cujas fileiras incluem combatentes com visões abertamente nacionalistas e neonazistas.
“Esta é claramente uma vitória para o nosso estado, para toda a nossa sociedade. Definitivamente, faremos tudo para salvar todos que estão em cativeiro russo”, disse Zelensky.
Negociações para trocas de prisioneiros
A troca foi negociada em duas etapas. Durante a primeira, a Ucrânia trocou Medvedchuk - a quem Zelensky descreve como um “fã da Rússia” - pela libertação de 200 combatentes, entre eles ucranianos e mercenários.
Segundo o presidente ucraniano, Kiev depois concordou em trocar 55 pessoas, incluindo aqueles que “traíram o país" a favor dos russos, por cinco comandantes, incluindo o comandante Azov, Denis Prokopenko.
A Turquia teve um papel importante nas negociações. O presidente Recep Tayyip Ergodan aceitou que cinco comandantes ucranianos capturados permaneceriam “sob a proteção pessoal do presidente turco até o final da guerra” .
Rússia e Ucrânia realizaram várias trocas de prisioneiros desde o início das hostilidades. O Ministério da Defesa russo confirmou posteriormente que 55 soldados russos e do Donbass ganharam liberdade. Erdogan descreveu a próxima troca a um veículo de imprensa local como “um passo significativo”.
Sentença de morte anulada
A primeira-ministra britânica Liz Truss havia confirmado na noite de quarta-feira que cinco cidadãos britânicos capturados lutando ao lado de tropas ucranianas também foram soltos. Dois deles haviam sido condenados por crimes de guerra por um tribunal da República Popular de Donetsk e condenados à morte.
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