Janildo Oliveira Guajajara, membro de um dos principais grupos de proteção indígena do país, o Guardiões da Floresta, foi morto a tiros na madrugada do sábado (3), próximo à Terra Indígena Arariboia, onde morava. O assassinato ocorreu apenas algumas semanas depois de o ativista participar de uma assembleia na Amazônia, em julho, que vinha sendo organizada pelo indigenista Bruno Pereira , assassinado em junho deste ano durante uma viagem pelo Vale do Javari.
Na assembleia onde a vítima esteve presente antes de morrer, dezenas de ativistas se reuniram para discutir sobre a proteção da Amazônia e formas de impedir que madeireiros ilegais invadissem territórios indígenas supostamente protegido. O evento contou com a participação de moradores de Guajajara e Ariboia e ativistas indígenas do Vale do Javari, representando os povos Matis, marubo, Kanamari e Mayoruna.
O indigenista Carlos Travassos, que trabalha com o grupo no estado do Maranhão, afirmou que Janildo foi o sexto Guardião da Floresta a ser assassinado desde 2016. Segundo ele, testemunhas oculares sugerem que a vítima foi emboscada e baleada por trás.
"Ainda não sabemos exatamente o que motivou isso, mas presumimos que foi algum tipo de retaliação", disse Travassos ao jornal britânico The Guardian . "Queremos que as autoridades investiguem, mas tudo sugere que ele foi morto porque era um Guardião."
De acordo com a Polícia Civil, Janildo voltava de uma festa indígena quando foi agredido. Seu sobrinho adolescente também foi baleado, mas sobreviveu.
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