A União Europeia anunciou nesta terça-feira (30) a doação de 5,5 milhões de comprimidos de iodeto de potássio para a Ucrânia como "uma medida de segurança preventiva contra as radiações e para aumentar o nível de proteção ao redor da central nuclear de Zaporizhzhia".
Segundo o comunicado, a doação de cinco milhões de pílulas vem das doses provenientes das reservas de emergência do Mecanismo de Proteção Civil do bloco (RescEU) e 500 mil foram doadas pela Áustria.
Ainda conforme a nota oficial, os comprimidos devem ser usados em "cenários limitados para evitar que o iodo radioativo inalado ou ingerido seja absorvido pela tireoide". Esse tipo de medicamento deve ser usado apenas em casos extremos, sob orientação médica, por trazer diversos efeitos colaterais pesados.
"Nenhuma central nuclear deveria ser usada como um palco da guerra. É inaceitável que as vidas dos civis sejam colocadas em perigo. Todas as ações militares ao redor da central nuclear de Zaporizhzhia devem cessar imediatamente", afirmou o comissário europeu para Gestão de Crises, Janez Lenarcic.
A usina, que é a maior da Europa, vive uma situação de muita tensão desde que militares russos ocuparam o local no início de março. Apesar do controle de acesso, são funcionários ucranianos que ainda operam toda a estrutura.
Além disso, há ataques praticamente diários na área onde fica a central nuclear e que vem causando danos. Rússia e Ucrânia trocam acusações sobre a autoria dessas ações militares e não é possível checar de maneira independente a situação.
Nesta semana, uma delegação de 13 especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) irá fazer a primeira inspeção técnica em Zaporizhzhia desde o início dos conflitos, em 24 de fevereiro.
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