Presidente da Ucrânia se reúne com agência de energia atômica em Kiev

Grupo deve partir para central de Zaporizhzhia nesta quarta

Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky
Foto: Pres Ucrânia / Fotos Públicas
Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky

 O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se reuniu com a delegação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Kiev nesta terça-feira (30) - antes dos especialistas partirem para a inspeção na central nuclear de Zaporizhzhia.

Nas redes sociais, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, republicou uma foto da agência ucraniana de notícias Suspilne News em que aparece cumprimentando o mandatário em Kiev. Segundo o portal, Zelensky disse a Grossi que espera "que a missão chegue à central por corredores seguros e que faça todo o possível para evitar uma ameaça global" do conflito.

Em um vídeo publicado pela Suspline, o presidente ucraniano ainda afirma que "confia plenamente" nos técnicos e que "não queremos apenas uma checagem que é uma ação tática, mas também uma ação estratégica" para evitar um desastre. Novamente, Zelensky cobrou a desmilitarização da estrutura - algo rechaçado por Moscou.

O grupo de 13 especialistas chegou na noite desta segunda-feira (29) à capital ucraniana e, de lá, seguirá para a planta nuclear muito provavelmente nesta quarta-feira (31). O local não passa por uma inspeção técnica da AIEA desde o início do conflito, em 24 de fevereiro.

A missão foi alcançada após um acordo com a Rússia, que controla militarmente o local desde o início de março. Já as operações de rotina e controle para o funcionamento da maior usina do tipo na Europa continua sendo feita por ucranianos.

Para além das questões técnicas, que geram muita preocupação, a central nuclear vem sendo alvo de ataques aéreos há algumas semanas, que causaram danos em diversas estruturas. Russos e ucranianos trocam acusações sobre a autoria dessas ações militares.
Mesmo nesta terça-feira, com a ida iminente do grupo, os dois governos trocaram acusações sobre a realização de bombardeios em supostos caminhos que levam até a usina.

Maior central nuclear da Europa, Zaporizhzhia tem seis reatores nucleares. No entanto, desde o início da guerra, apenas dois deles estavam funcionando. Recentemente, a Rússia informou que desativou um dos equipamentos por conta de "ataques ucranianos" que afetaram o reator.

Na última semana, Kiev acusou Moscou por mais de uma vez de desconectar a usina do sistema nacional de energia, gerido pela Energoatom.

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