O governo de Israel está fazendo uma operação militar contra "diversos objetivos" do grupo palestino Jihad Islâmica na Faixa de Gaza nesta sexta-feira (5), informou um porta-voz do exército à imprensa local.
A mídia palestina e o Ministério da Saúde local afirmam que há sete mortos e 40 feridos nas ações. Entre as vítimas, estão dois membros do grupo: Tayasir Jabari, comandante do grupo no norte da Faixa, e Salame Abed, e uma criança de cinco anos. Já o exército israelense fala em 15 mortos, todos da Jihad.
Até o momento, os militares informaram que a operação se chama "Breaking Dawn" e que um "alerta especial" também foi emitido para o interior do país. O sistema de defesa aéreo Iron Dome foi ativado para cobrir até 80 quilômetros dentro do território, incluindo as cidades de Tel Aviv e Modin.
Fontes do governo palestino informam que a aviação israelense atingiu um prédio comercial de 10 andares em Bourj Falastin, no centro da cidade. Além disso, também teriam atingido um objetivo em Khan Yunes, ao sul do território, e um posto da ala militar do grupo Jihad Islâmica em Beit Kahya, ao norte.
O prédio em Bourj Falastin teria um escritório do grupo e, no momento da ação, diversos militantes estavam no local.
O Ministério da Saúde de Gaza proclamou o estado de emergência para toda a Faixa.
Após os ataques, a Jihad Islâmica afirmou que os israelenses "começaram uma guerra". "O inimigo começou uma guerra contra o nosso povo e nós todos precisaremos nos defender. Não permitiremos que o inimigo continue com suas sistemáticas tentativas de atingir a resistência armada", ressaltou.
A ação militar ocorreu horas depois do ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, enviar uma mensagem aos líderes da Faixa de Gaza em que dizia que a "situação ao sul de Israel está tensa" e que o país "não quer buscar um conflito, mas não hesitará em defender nossos cidadãos se necessário".
A reclamação formal ocorre após dias de ameaças de ataques feitas por membros da Jihad Islâmica contra cidadãos e autoridades israelenses. A intensificação nas promessas de atentados vieram após Israel prender Bassam a-Saadi, chefe da Jihad Islâmica na Cisjordânia.
"Aos nossos inimigos, em particular aos líderes do Hamas e da Jihad Islâmica, quero dizer que o tempo acabou. Essa ameaça será removida de um jeito ou de outro", acrescentou Gantz, que acusou os dois grupos de fazerem com que a população da Faixa de Gaza "seja refém" por conta dos seus sofrimentos.
Na tentativa de evitar uma escalada violenta novamente entre os dois lados, o Egito já está tentando mediar a crise e está em contato tanto com o governo de Israel como com os líderes da Jihad Islâmica.
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