O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está investigando a conduta do ex-presidente Donald Trump para tentar sabotar o resultado das eleições de 2020, vencidas pelo democrata Joe Biden.
De acordo com o jornal The Washington Post, investigadores federais estão analisando conversas do republicano e coletaram dados telefônicos de alguns de seus assessores mais próximos.
Além disso, testemunhas já foram interrogadas sobre episódios ocorridos entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
Os investigadores estariam de olho em instruções dadas por Trump para tentar impedir a certificação da vitória de Biden nas eleições, incluindo pedidos para aliados introduzirem eleitores falsos em estados conquistados pelo democrata.
O Departamento de Justiça dos EUA já conduz um inquérito sobre a invasão de apoiadores de Trump ao Congresso em 6 de janeiro de 2021, mas o ex-presidente ainda não está formalmente sob investigação.
Até hoje, nunca um ex-mandatário dos Estados Unidos foi indiciado criminalmente, uma hipótese que teria repercussões na corrida eleitoral de 2024, que provavelmente terá Trump na disputa.
Nas últimas semanas, uma comissão do Congresso que investiga o assalto ao Capitólio apontou que o republicano escolheu não agir para impedir a invasão de 6 de janeiro.
"Trump ficou sentado assistindo ao assalto na televisão. Ele não fez nada, escolheu não tomar nenhuma atitude", disse o republicano Adam Kinzinger, um dos componentes do comitê.
Segundo o democrata Bennie Thompson, também integrante da comissão, até dois filhos do magnata, Ivanka e Eric Trump, pressionaram o pai a agir para interromper a insurreição, mas sem sucesso. "Trump tentou destruir nossas instituições democráticas", disse.
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