Crise: Primeiro-ministro decreta estado de emergência no Sri Lanka

Toque de recolher também foi declarado na capital do país, que vive instabilidade política após fuga do presidente

Manifestantes invadem palácio presidencial do Sri Lanka
Foto: Reprodução Twitter
Manifestantes invadem palácio presidencial do Sri Lanka

O primeiro-ministro do  Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, decretou, nesta quarta-feira (13), estado de emergência em todo o país. Segundo o porta-voz do gabinete do premiê, um toque de recolher também foi declarado em toda a província Ocidental, onde fica a capital do país, Colombo.

O país registra uma série de protestos contra a crise econômica que causou escassez de alimentos e de combustíveis no Sri Lanka. Segundo a emissora de televisão Al Jazeera, o premiê não tem competência para decretar estado de emergência e só poderia fazê-lo quando nomeado presidente interino.

Fuga do presidente 

O presidente Gotabaya Rajapaksa  fugiu para Maldivas na madrugada desta quarta-feira (13), horas antes da sua renúncia. Sem a carta de renúncia, Wickremesinghe se declarou presidente interino, o que foi posteriormente confirmado pelo presidente do Parlamento, Mahinda Yapa Abeywardene.

O Sri Lanka vive um cenário de instabilidade por conta das manifestações de pessoas pró e contra o governo desde 9 de março. Os atos têm como pano de fundo a crise financeira e política do país. A principal reivindicação é a saída da família Rajapaksa do poder.

Em 12 de maio, Wickremesinghe foi escolhido como primeiro-ministro do país e assumiu em um cenário de estado de emergência. É a 6ª vez nos últimos 30 anos que o político ocupa o posto.

A fome causada pela escassez de alimentos, a série de apagões e a falta de combustível e medicamentos no país são os principais motivos para as inúmeras revoltas contra o presidente eleito em 2019.

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