As forças de ocupação de Moscou anunciaram, nesta terça-feira (12), que um bombardeio ucraniano na região de Kherson deixou sete mortos e quase 60 feridos. A região foi ocupada pelo exército russo e nem foi possível confirmar as informações com fontes independentes.
"Há sete mortos e quase 60 feridos no bombardeio ucraniano da cidade de Nova Kakhovka [sul da Ucrânia]", afirmou no Telegram Vladimir Leontiev, comandante da administração cívico-militar instalada pelos russos na região de Kherson.
"O conselheiro do chefe da administração de Kherson, Serhii Khlan, confirmou que o Exército ucraniano atingiu o depósito de munição que a Rússia tinha em Nova Kakhovka. Que bela vista", disse no Twitter Anton Gerashchenko, conselheiro do ministro de Assuntos Internos da Ucrânia.
A vice-comandante da administração das forças de ocupação de Kherson, Ekaterina Gubareva, confirmou o balanço de sete mortos e acusou as forças ucranianas de de terem utilizado o sistema americano de lançadores de foguetes múltiplos HIMARS.
A Ucrânia afirmou que atacou alvos militares em Nova Kakhovka, com um balanço de 52 militares russos e um depósito de munições destruído.
"Dezenas de casas foram atingidas (...) estamos retirando as pessoas dos escombros", declarou Leontiev. "É uma tragédia terrível. O número de vítimas vai aumentar porque a magnitude dos danos é enorme. Está claro que foi um ataque deliberado, violento e cínico com mísseis de alta precisão. Aqui não há alvos militares (...) armazéns foram atingidos, assim como lojas, uma farmácia, postos de gasolina e até uma igreja", disse, antes de denunciar um "ato de terrorismo".
A região de Kherson, limítrofe com a península da Crimeia anexada por Moscou em 2014, está ocupada em grande parte pelas forças russas, que invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro.
O exército ucraniano executa há várias semanas uma contraofensiva na frente de batalha de Kherson, no momento em que a maior parte das tropas russas está mobilizada na região do Donbass, leste da Ucrânia.
Kiev conseguiu recuperar território e se aproximou de Kherson, uma cidade de 290 mil habitantes, mas ainda não conseguiu avançar profundamente na área de defesa russa.
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