A mãe do homem acusado de assassinar o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe faz parte da Igreja da Unificação, de acordo com a própria organização, também conhecida como Seita Moon. O suspeito, identificado como Tetsuya Yamagami, de 41 anos, teria usado uma arma artesanal e foi preso logo em seguida ao ataque.
Segundo informações divulgadas pela polícia japonesa na última sexta-feira (8), Yamagami "estava irritado com uma certa organização" e decidiu atirar contra Abe, porque pensava que o ex-premiê tinha vínculo com ela.
A imprensa local já havia citado uma organização religiosa sem mencionar o nome, dizendo que o homem estaria irritado porque sua mãe teria feito grandes doações à instituição, o que deixou a família em grande dificuldade financeira.
"A mãe do suspeito Tetsuya Yamagami é membro de nossa organização e tem participado de nossos eventos uma vez por mês", afirmou Tomihiro Tanaka, presidente da Igreja da Unificação no Japão, em entrevista coletiva.
Tanaka não deu mais detalhes sobre as doações feitas pela mãe do acusado, mas disse que há uma investigação em curso e a organização vai "cooperar". O presidente da igreja disse que a instituição está horrorizada com o assassinato "selvagem" e que Abe "nunca" foi um de seus membros ou conselheiro.
O ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe morreu após um ataque a tiros, enquanto fazia um discurso, na manhã da última sexta , na cidade de Nara, no Japão.
Shinzo Abe foi baleado duas vezes, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com reportagens da imprensa local, Tetsuya Yamagami, seria um ex-integrante da Força de Autodefesa Marítima do Japão, o equivalente japonês da Marinha.
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