O presidente francês, Emmanuel Macron
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O presidente francês, Emmanuel Macron

Nesta terça-feira (21), a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, apresentou seu pedido de renúncia ao presidente Emmanuel Macron - que não aceitou. O pedido de Borne veio depois que o partido governista perdeu a maioria absoluta no Parlamento nas eleições legislativas de domingo.

Segundo o gabinete da Presidência da França, Macron quer que o governo "continue trabalhando e agindo". Borne vai continuar no cargo e terá uma reunião com o chefe de Estado ainda hoje.

A coalizão Juntos, de Macron, conquistou 245 das 577 cadeiras da Assembleia Nacional (Câmara Baixa), ou seja, 44 a menos que o necessário para manter com a maioria absoluta de que o presidente, recém-reeleito, desfrutou no primeiro mandato de cinco anos.

A frente de esquerda, com a sigla Nupes, que reúne a esquerda radical, ecologistas, comunistas e socialistas, conquistou 137 cadeiras e o partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, 89, resultado que multiplica por 11 o número de deputados obtidos pela formação em 2017.

É habitual que, após as eleições legislativas, o chefe de Governo apresente sua demissão. Em geral, o presidente a aceita e volta a nomear a pessoa para o cargo.

No entanto, Macron apresentou uma série de obrigações internacionais (reuniões do Conselho Europeu e do G7, além de cúpula da Otan) a partir de quinta-feira (23).

Antes de embarcar em seus compromissos internacionais, o presidente vai fazer "as consultas necessárias" com outros partidos de oposição para apresentar "soluções construtivas" para a perda de maioria governista, segundo o serviço de comunicação do Palácio do Eliseu.

Nesta terça, Macron vai receber os líderes dos partidos de oposição. Ele já se reuniu durante a manhã com o presidente do partido Os Republicanos (LR, direita) e com o primeiro secretário do Partido Socialista (PS).

A França Insubmissa (LFI), partido líder da frente de esquerda Nupes, liderado por Jean-Luc Mélenchon, tem o objetivo de apresentar uma moção de censura contra o governo em 5 de julho. Se a maioria dos deputados votar a favor — o que exigiria um improvável acordo entre esquerda, direita e extrema direita — o governo cai.

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