O presidente da China , Xi Jinping, conversou com seu homólogo russo, Vladimir Putin , nesta quarta-feira (15) e reafirmou o compromisso de seu país com Moscou nas questões de "soberania e segurança". O telefonema ocorreu por conta do aniversário de 69 anos do líder chinês.
"A China deseja seguir apoiando a Rússia nas questões que afetam interesses fundamentais e as principais preocupações como soberania e segurança, a intensificar a coordenação estratégica entre os dois países e a reforçar a comunicação e a coordenação nas principais organizações internacionais e regionais, como ONU, Brics e Organização para a Cooperação de Xangai", disse Xi em nota repercutida pela emissora estatal "CCTV".
Os dois líderes ainda concordaram que devem "promover ações com países dos mercados emergentes e em via de desenvolvimento que devem unir e cooperar para um desenvolvimento da ordem internacional e da governança global em uma direção mais justa e racional".
Ainda conforme a " CCTV ", Putin teria afirmado que sob Xi, a China obteve "notáveis resultados em termos de desenvolvimento".
"Moscou ainda sustenta a iniciativa de segurança global proposta pela parte chinesa e se opõe a qualquer força que interfira nos assuntos internos da China sob qualquer pretexto com Xinjiang, Hong Kong, Taiwan e sobre outras questões está disposta a reforçar a cooperação multilateral com a China", informou a estatal.
O comunicado é um claro ataque aos Estados Unidos que, especialmente neste ano, vem apoiando os independentistas de Taiwan e ampliando sua presença na região do indo-pacífico , de histórico domínio chinês.
Horas após a divulgação por parte do governo de Pequim, o Kremlin publicou uma nota da conversa, repercutida pela Tass, e ressaltou que Xi afirmou que as "ações da Rússia para a defesa de seus interesses nacionais perante desafios externos são legítimas".
Ainda conforme o governo russo, as posições das duas nações "na arena global são unidas ou muito próximas".
A fala é uma clara referência à guerra na Ucrânia, iniciada por Moscou em fevereiro , e que fez os russos sofrerem com uma série de pesadas sanções internacionais.
Sobre o tema, o Kremlin ainda informou que as relações bilaterais "estão em um nível sem precedentes e melhorar constantemente" e que os dois líderes "vão reforçar a cooperação nos setores energéticos, financeiros, industriais à luz das ilegais sanções ocidentais".
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