Cem dias de guerra na Ucrânia: relembre pontos que marcaram o conflito

Guerra iniciada em 24 de fevereiro ainda não tem previsão de um cessar-fogo entre autoridades russas e ucranianas

Invasão russa ao território ucraniano

Na madrugada do dia 24 de fevereiro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizou o que chamou de "operação militar especial" na Ucrânia. De acordo com o mandatário, a intenção da ação era de “desmilitarizar” o leste do país, mas não ocupar. Explosões em larga escala puderam ser ouvidas em diversas cidades ucranianas, incluindo a capital, Kiev, que amanheceu ao som de sirenes de alerta.

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Primeiras negociações

Em 28 de fevereiro, as delegações de Moscou e Kiev se reuniram por várias horas na região de Gomel, na Bielorrússia, perto da fronteira com a Ucrânia, na primeira rodada de negociações. As conversas, no entanto, acabaram sem um cessar-fogo imediato. Os representantes dos países se reuniram outras vezes, mas, até o momento, não chegaram a nenhum acordo sobre o fim da guerra. Agora, as negociações seguem estacionadas.

Governo de Belarus

Acordo na criação de corredores humanitários

Após a segunda rodada de negociações, ambas as nações concordaram com a criação de corredores humanitários em áreas em conflito. Depois do acordo, civis ucranianos começaram a deixar as cidades sitiadas, como Sumy e Irpin, em 8 de março. Os refugiados iam em direção a países vizinhos a oeste, como Polônia, Romênia, Eslováquia, Hungria e Moldávia.

Reprodução / Rádio BandNews FM

Mariupol é atacada

Em 21 de março, Bruxelas denunciou “um grande crime de guerra” em Mariupol, um porto estratégico no Mar de Azov, na Ucrânia. Milhares de pessoas ficaram presas na cidade e uma maternidade chegou a ser bombardeada, deixando mortos e feridos no local. A Rússia, porém, negou a autoria do ataque e disse que o hospital infantil não estava mais funcionando e foi ocupado por combatentes ucranianos.

Reprodução / NR1 - 09.03.2022

Ataques violentos em Bucha

No início de abril, a Ucrânia responsabilizou a Rússia por ataques violentos em Bucha, uma pequena cidade localizada nos arredores de Kiev. Imagens divulgadas da região mostravam centenas de corpos de civis vistos nas estradas e nas ruas, além de uma vala comum com quase 300 pessoas. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou os russos de crimes de guerra, mas o Kremlin negou a autoria do ataque e afirmou que as imagens de corpos foram encenadas.

Reprodução 04.4.2022

Navio russo afunda no Mar Negro

Ainda em abril, o navio mais importante da Marinha da Rússia no Mar Negro, o Moskva, foi "seriamente danificado" após uma explosão e um incêndio, que a Ucrânia diz terem sido causados por um ataque com mísseis. A Rússia, por outro lado, afirma que o navio afundou após uma explosão de munição a bordo.

Reprodução/Redes Sociais - 18.04.2022

Suécia e Finlândia se candidatam à Otan

No início de maio, os governos da Finlândia e Suécia apresentaram interesse e, em seguida, um pedido formal para entrar para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A decisão, que muda uma postura histórica das duas nações sobre suas neutralidades militares, tem apoio de praticamente toda a aliança, mas o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, é contra a adesão — que precisa da aprovação de todos os países da Otan para ocorrer.

Divulgação/Otan 17.05.2022

Azovstal sob controle russo

Em 20 de maio, Moscou anunciou o controle da siderúrgica Azovstal, em Mariupol. De acordo com Kiev, Mariupol está 90% destruída e pelo menos 20.000 pessoas morreram na cidade. Os combatentes que ainda restavam na siderúrgica receberam ordens do comando militar da Ucrânia para parar de lutar para "salvar a vida dos soldados".

Reprodução / Twitter - 17.05.2022

Soldado russo julgado

No dia 23, um soldado russo foi condenado à prisão perpétua no primeiro julgamento por crimes de guerra desde o início do conflito. O Ministério Público da Ucrânia informou que mais 48 soldados russos serão julgados por supostos crimes de guerra.

Valery Zaluzhny/Facebook

Sanções à Rússia

Após uma série de sanções que atingiram bancos e instituições financeiras, empresários, importação de petróleo e gás natural, entre outros, os líderes da União Europeia chegaram a um acordo no último dia 30 para reduzir as importações de petróleo russo em cerca de 90% até o final deste ano. Após determinar a mesma medida à Finlândia, Bulgária e Polônia, a Rússia também suspendeu suas entregas de gás para a Holanda, diante da recusa de pagamento em rublos.

Reprodução/Flickr

Refugiados

De acordo com o UNICEF, três milhões de crianças e adolescentes na Ucrânia e mais de 2,2 milhões de crianças e adolescentes em países que acolhem refugiados ucranianos precisam de assistência humanitária após 100 dias de conflito. Ainda, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 6,6 milhões de refugiados deixaram a Ucrânia na tentativa de fugir da guerra.

Reprodução / AFP

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