Ucrânia ordena que soldados na siderúrgica Azovstal parem de lutar

Combatentes na siderúrgica se tornaram símbolos da resistência contra a invasão russa e representam o último bastião ucraniano em Mariupol

Últimos soldados ucranianos abandonaram Azovstal
Foto: Reprodução / Twitter - 17.05.2022
Últimos soldados ucranianos abandonaram Azovstal

Os combatentes remanescentes na siderúrgica Azovstal , em Mariupol, receberam uma ordem do comando militar da Ucrânia para parar de lutar.

O anúncio foi feito nesta sexta-feira (20) pelo comandante da milícia de extrema-direita Batalhão de Azov, Denis Prokopenko, em um vídeo divulgado no Telegram .

"O comando militar superior deu ordens para salvar a vida dos soldados do nosso destacamento e para parar de defender a cidade", disse.

De acordo com Prokopenko, está "em curso" um processo para remover os corpos de soldados mortos na Azovstal . Os combatentes entrincheirados na siderúrgica se tornaram símbolos da resistência contra a invasão russa e representam o último bastião ucraniano em Mariupol, cidade estratégica da região de Donetsk.

Segundo o ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, 1.908 "nacionalistas" que estavam no complexo já entregaram as armas, e 177 civis foram retirados da indústria, incluindo 85 mulheres e 47 crianças.

"Agora espero que, em breve, as famílias e todos os ucranianos possam sepultar seus combatentes com honras", disse Prokopenko.

A expectativa de Kiev é trocar os soldados da Azovstal por  prisioneiros de guerra russos.

A conquista de Mariupol, município situado na costa do Mar de Azov , era crucial para o objetivo de Moscou de estabelecer um corredor terrestre entre a Crimeia anexada e os territórios rebeldes do leste da Ucrânia.

As autoridades ucranianas estimam que mais de 20 mil pessoas tenham sido mortas durante o assédio russo à cidade.