O homem suspeito de matar um médico e ferir outras cinco pessoas em um ataque a tiros em uma igreja na Califórnia no domingo foi acusado nesta terça-feira de assassinato em primeiro grau — quando o ato é premeditado e intencional — e de cinco tentativas de assassinato.
“Aquele suspeito estava pronto para matar todos naquela igreja”, disse à CNN Todd Spitzer, promotor distrital do Condado de Orange. “Acredito que ele mataria todo mundo e depois explodiria a igreja.”
Spitzer também anunciou que o acusado, David Chou, de 68 anos, enfrenta agravantes por "ficar a espreita" e usar uma arma de fogo, além de quatro acusações de posse de dispositivos destrutivos com intenção de matar ou ferir.
“Normalmente pensamos na pessoa que se esconde nos arbustos”, disse Spitzer. “Este caso é sobre a pessoa se escondendo à vista de todos.”
Spitzer afirmou que, se as acusações forem aceitas e o júri também considerar os agravantes, Chou enfrentaria uma sentença de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional ou a pena de morte.
“Embora haja evidências muito fortes no momento de que isso foi motivado por ódio, queremos ter certeza de que reunimos todas as evidências que confirmam essa teoria no caso”, disse Spitzer, quando perguntado se ele apresentaria uma acusação de crime de ódio.
Chou deve ir ao tribunal e ouvir as acusações ainda nesta terça, segundo a AP. Spitzer disse que defensores públicos devem ser nomeados para representar o suspeito.
Chou, que estava detido na Cadeia Central do Condado de Orange sob fiança de US$ 1 milhão, dirigiu 483 quilômetros no sábado de Las Vegas ao Sul da Califórnia, fortemente armado com duas armas semiautomáticas e quatro dispositivos incendiários, disse a polícia.
Ele participou de um almoço na igreja que uma congregação presbiteriana de Taiwan estava realizando na Igreja Presbiteriana de Genebra em Laguna Woods, antes de abrir fogo.
Um funcionário do Escritório Econômico e Cultural de Taipei em Los Angeles, o escritório do governo de Taiwan na região, disse à Reuters que Chou nasceu em Taiwan em 1953, ainda tinha um passaporte taiwanês ativo e havia prestado serviço militar para Taiwan.
Os promotores, porém, afirmam que ele odiava Taiwan e tinha notas escritas em mandarim em seu carro indicando que ele estava zangado com as atuais tensões entre a nação insular e a China continental.
Documentos do estado de Nevada mostram que Chou era autorizado para trabalhar como segurança e portando uma arma, segundo a Reuters informou nesta terça
Ele trabalhou para três empresas de segurança diferentes de Las Vegas desde 2018, segundo registros vistos pela agência de notícias, e foi licenciado para portar uma arma em seu trabalho até outubro de 2022.
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*Com informações de agências internacionais