Mais de 40 palestinos ficam feridos após confronto com israelenses

De acordo com informações, ao menos 22 pessoas foram levadas ao hospital devido após as tensões em Jerusalém nesta sexta (29)

Confronto no entorno da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém
Foto: Reprodução / TV Globo - 29.04.2022
Confronto no entorno da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém

Ao menos 42 palestinos ficaram feridos em uma  operação das forças policiais israelenses no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental ocupada, após uma crescente de violência na região.

O ocorrido se deu nesta sexta-feira (29), a última do mês sagrado muçulmano do Ramadã. A maioria dos feridos sofreu "lesões na parte superior do corpo", segundo a organização humanitária Crescente Vermelho, acrescentando que 22 pessoas foram levadas ao hospital.

A polícia israelense disse que as forças entraram no complexo depois que "manifestantes" atiraram pedras e fogos de artifício, inclusive em direção ao Muro das Lamentações, local sagrado judaico.

Testemunhas disseram que a polícia disparou gás lacrimogêneo e balas de borracha. De acordo com a polícia, três pessoas foram presas, duas por atirar pedras e uma por "incitar a multidão".

"Na última hora, o local ficou quieto e os fiéis [muçulmanos] estão entrando com segurança [no complexo]", informou a polícia ao jornal Al Jazeera .

As tensões, no entanto, continuam altas no local . Nas últimas duas semanas, quase 300 palestinos ficaram feridos em incursões israelenses no complexo de Al-Aqsa, um dos locais sagrados do Islã.

A onda de violência em Al-Aqsa ocorre em um cenário de violência desde 22 de março em Israel, na Cisjordânia ocupada e em Gaza. Pelo menos 26 palestinos e três palestinos morreram durante o período, a maioria deles em ataques das forças de segurança israelenses na Cisjordânia ocupada .

Doze israelenses e dois ucranianos também foram mortos em quatro ataques separados dentro de Israel. Dois dos ataques foram realizados na área de Tel Aviv por palestinos .