Rússia ataca capital da Ucrânia durante visita do secretário da ONU
O prefeito de Kiev declarou que forças russas realizaram dois bombardeios na cidade
Ataques russos atingiram Kiev nesta quinta-feira (28), durante a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres , informou o prefeito da capital ucraniana, Vitali Klitschko.
O prefeito declarou que forças russas realizaram dois bombardeios na cidade.
"Nesta noite, os russos atacaram novamente a capital ucraniana com mísseis", anunciou o prefeito na Telegram, fazendo referência a "dois ataques registrados no distrito de Shevchenkivskyi, uma área no centro da cidade".
Duas fortes explosões foram ouvidas em Kiev, onde foi possível ver uma coluna de fumaça, enquanto ocorria a coletiva de imprensa do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e do secretário-geral da ONU.
De acordo com relatos à ANSA, os mísseis atingiram uma área vizinha ao centro de Kiev. Policiais, militares e pelo menos duas ambulâncias foram para o local. Até o momento, não há informações sobre vítimas.
Em declaração no Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, classificou a ofensiva como um "ato de barbárie".
"A Rússia atacou Kiev com mísseis de cruzeiro logo quando o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e o primeiro-ministro búlgaro, Kiril Petkov, visitam nossa capital. Por este ato hediondo de barbárie, a Rússia demonstra mais uma vez sua atitude em relação à Ucrânia, à Europa e ao mundo", escreveu o chanceler.
Guterres foi a Bucha nesta quinta-feira, cidade que viveu um massacre em março, com mais de 400 mortes. O secretário-geral pediu uma "investigação completa" dos ataques, sem citar os russos.
Antes de chegar a Ucrânia, o representante das Nações Unidas se reuniu com o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, e depois com o presidente Vladimir Putin no último dia 26.
Hoje, em território ucraniano, Guterres afirmou que é "inaceitável" que as pessoas tenham que viver uma guerra em pleno século 21.
A ONU confirmou na quarta-feira que pelo menos 2.787 civis morreram e 3.152 ficaram feridos durante a guerra, desde o dia 24 de fevereiro, mas manteve o alerta para a probabilidade dos números serem superiores.