Rússia nega ter pedido ajuda militar à China para invasão da Ucrânia

Estados Unidos acusaram governo de Vladimir Putin de ter pedido ajuda da China para realizar "operação militar especial" no território ucraniano

Rússia nega ter pedido ajuda à China
Foto: Reprodução / Twitter - 13.03.2022
Rússia nega ter pedido ajuda à China

Nesta segunda-feira (14), o porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, negou que o país pediu ajuda à China para a "operação militar especial" na Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro.

Nesse domingo (13), um alto funcionário do governo dos Estados Unidos afirmou que a Rússia havia pedido ajuda militar à China . De acordo com Jake Sullivan, os EUA deixaram claro para o governo chinês que haverá “absolutamente consequências” para os esforços de “larga escala” para dar ao Kremlin uma solução alternativa para as sanções americanas.

Em entrevista à imprensa, o porta-voz russo foi questionado sobre a afirmação de Sullivan, mas respondeu apenas "não".

Mais cedo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, já havia negado a informação. "É completamente falso, é pura desinformação. A China já expôs sua posição sobre a crise na Ucrânia de forma clara e consistente. Exercemos um papel construtivo e avaliamos a situação de maneira imparcial e independente. Difamar a posição da China não é aceitável", disse Lijian também em entrevista coletiva.

Desde o início das investidas russas na Ucrânia, as autoridades chinesas têm se mostrado alinhadas com o país liderado pelo presidente Vladimir Putin. Pouco tempo depois da invasão ao território ucraniano, a  China disse "lamentar" as mortes e ser contra as sanções que alguns países já haviam anunciado contra a Rússia. 

Na ocasião, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, disse que o conflito tem uma "história e realidade complicados", que apoia "todos os esforços diplomáticos" e não se referiu ao ocorrido como uma invasão.

Apesar disso, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dymtro Kuleba, disse que o país está pronto para continuar as negociações com a Rússia e que mediação do governo chinês para conseguir um cessar-fogo.

Nessa segunda, terminou a nova rodada de negociações entre as delegações da Rússia e Ucrânia por videoconferência .

Segundo o assessor do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, Mikhailo Podolyak, as tratativas provavelmente prosseguirão amanhã, após uma "pausa técnica" para a realização de discussões "adicionais nos subgrupos de trabalho e esclarecimentos de definições individuais".