Rússia pede ajuda militar à China para guerra, diz governo dos EUA

O país comunicou a Pequim que não permitirá ajuda à Rússia contra sanções econômicas, afirmou o conselheiro da Casa Branca

 Xi Jin Ping e Vladimir Putin apertando as mãos
Foto: Reprodução - 04.02.2022
Xi Jin Ping e Vladimir Putin apertando as mãos

O governo russo pediu ajuda militar à China na Ucrânia, incluindo drones, disse um alto funcionário do governo dos Estados Unidos neste domingo (13).

O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse a um canal de televisão, que a China fornecer apoio à Rússia é uma “preocupação”.

“Também estamos observando atentamente para ver até que ponto a China realmente fornece qualquer forma de apoio, material ou econômico, à Rússia. É uma preocupação nossa. E comunicamos a Pequim que não vamos esperar e permitir que nenhum país compense a Rússia por suas perdas com as sanções econômicas”, disse Sullivan.

De acordo com Sullivan os EUA deixaram claro para o governo chinês que haverá “absolutamente consequências” para os esforços de “larga escala” para dar ao Kremlin uma solução alternativa para as sanções americanas.

“Não permitiremos que isso avance e que haja uma salvação para a Rússia dessas sanções econômicas de qualquer país em qualquer lugar do mundo”, afirmou ele.

Sullivan deverá se encontrar com seu colega chinês Yang Jiechi em Roma nesta segunda-feira (14).

Já o porta-voz da embaixada chinesa, Liu Pengyu, disse que desconhece o pedido da Rússia.

“Nunca ouvi falar disso. A China está profundamente preocupada e entristecida com a situação da Ucrânia. Esperamos que a situação se acalme e a paz retorne em breve”, disse Pengyu.

“Devem ser feitos os maiores esforços para apoiar a Rússia e a Ucrânia no avanço das negociações, apesar da situação difícil para produzir um resultado pacífico. Apoiamos e encorajamos todos os esforços que conduzam a uma solução pacífica da crise. A alta prioridade agora é evitar que a tensa situação se agrave ou até mesmo fique fora de controle. Há um consenso sobre isso entre a comunidade internacional, incluindo as partes envolvidas”, afirmou.

“A China pede o máximo de contenção e prevenção de uma crise humanitária massiva. A China apresentou uma iniciativa para responder à situação humanitária na Ucrânia, forneceu assistência humanitária e continuará a fazê-lo”, concluciu Pengyu.

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