Chernobyl
Reprodução: Flickr
Chernobyl

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou nesta terça-feira que a transmissão de dados do sistema de segurança contra radiação na usina nuclear de Chernobyl "foi perdida". Em comunicado, a agência disse que a autoridade reguladora da Ucrânia só consegue se comunicar com a planta via e-mail.

Ucrânia afirmou à agência que "está se tornando cada vez mais urgente e importante para o gerenciamento seguro da Usina Nuclear de Chernobyl" alternar os cerca de 210 funcionários e guardas que trabalham no local desde que tropas russas assumiram o controle há quase duas semanas.

Segundo o órgão regulador, ao contrário da situação nas demais usinas nucleares em operação no país, os mesmos trabalhadores estão de plantão desde o dia anterior à entrada dos militares russos, em 24 de fevereiro, no local onde ocorreu o maior acidente nuclear da história em 1986.

A autoridade acrescentou que os funcionários tinham acesso limitado a alimentos, água e remédios, mas sublinhou que a situação para a equipe "estava piorando". O órgão solicitou que a AIEA lidere o apoio internacional para preparar um plano de substituição do pessoal, a fim de que a unidade tenha um sistema de rodízio eficaz.

"Estou profundamente preocupado com a situação difícil e estressante que os funcionários da usina nuclear de Chernobyl enfrentam e os riscos potenciais que isso acarreta para a segurança nuclear. Apelo às forças no controle efetivo do local para facilitar urgentemente a rotação segura do pessoal lá", disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi.

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O manuseio de material nuclear na central de Chernobyl foi suspenso por ora. O local inclui reatores desativados e instalações de resíduos radioativos.

Grossi indicou que a transmissão remota de dados dos sistemas de monitoramento instalados na central havia sido perdida. A AIEA afirmou que "está analisando a situação dos sistemas de monitoramento de proteção em outros locais da Ucrânia e fornecerá mais informações em breve".

De acordo com a última atualização, oito dos 15 reatores do país estavam operando, incluindo dois na maior central nuclear da Europa, a de Zaporíjia, ocupada pela Rússia na última sexta-feira. Segundo a autoridade reguladora, os níveis de radiação nesses locais eram normais.

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