Uma reportagem do jornal britânico Times afirma que mais de 400 mercenários russos estão na capital da Ucrânia, Kiev, sob ordens do governo da Rússia, com o objetivo de matar o presidente Volodymyr Zelensky e tomar o controle do país.
A milícia, batizado de Wagner Group, é dirigida por um aliado de Putin, e é considerada um braço do estado russo. Eles teriam trazido homens da África há cerca de cinco semanas, ainda antes do início da ofensiva, na última quinta-feira (24).
O governo ucraniano teria recebido as primeiras informações sobre a operação no último sábado (26), em meio a um toque de recolher que durou até a manhã de hoje.
Ontem (27), o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia afirmou que o país iria ao Tribunal de Haia (Corte internacional de Justiça) contra a Rússia, pedindo que as tropas suspendam imediatamente o ataque militar.
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O Tribunal teria, segundo a pasta, competência para ordenar medidas que podem resultar em um cessar-fogo. Os ucranianos alegam ainda que o Kremlin iniciou a ofensiva militar valendo-se de uma "mentira".
"A Rússia distorceu o conceito de genocídio e perverteu a solene obrigação da Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio de prevenir e punir o genocídio", disse o comunicado, referindo-se as declarações dadas por Putin que justificaram a invasão.
O Tribunal vai marcar uma audiência para analisar o caso, mas ainda não há uma data marcada. As sentenças são vinculativas e sem apelo, mas Haia não tem meios para forçar as execuções.
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