O presidente Vladimir Putin anunciou nesta quinta-feira (24) uma operação militar especial na região de Donbas, no Leste da Ucrânia. Segundo a agência Reuters da capital ucraniana, Kiev, é possível ouvir uma série de sons distantes, similares a disparos de artilharia.
O ataque começou enquanto o Conselho de Segurança da ONU se reunia pela segunda vez nesta semana, com apelos dos países-membros para que o país não lançasse a ação.
Segundo as agência russas, Putin afirmou que a Rússia não poderia tolerar o que chamou de ameaças da Ucrânia. Ele também alertou contra a interferência estrangeira.
O anúncio foi feito um dia após Moscou declarar que as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk haviam pedido ajuda para repelir "agressões" de Kiev, em meio a crescentes alertas dos EUA de que um grande ataque era iminente.
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Também ocorreu depois de Moscou vetar voos sobre parte da região de Rostov, a Leste de sua fronteira com a Ucrânia, que, por sua vez, anunciou o "perigo potencial" para a aviação civil ao restringir o tráfego em seu espaço aéreo.
Na quarta-feira o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, havia feito um pronunciamento dramático de nove minutos na TV. Falando a maior parte do tempo em russo — e se dirigindo à população russa —, pediu que a Rússia não invadisse o país. " O povo ucraniano quer a paz", disse, citando a história comum das duas nações. "O governo ucraniano quer a paz e está fazendo tudo para construí-la."
Horas antes, o Parlamento ucraniano havia aprovado um estado de emergência após o governo adotar uma série de medidas de preparação para uma guerra, desde convocar reservistas a pedir para seus cidadãos deixarem a Rússia imediatamente.