Polícia encerra bloqueio de caminhoneiros antivacina no Canadá

Após três semanas de protestos, polícia local conseguiu ocupar as regiões que eram dominadas pelos manifestantes

Protesto de caminhoneiros em Ottawa por conta de obrigatoriedade de vacinação contra a Covid-19
Foto: Reprodução/Twitter
Protesto de caminhoneiros em Ottawa por conta de obrigatoriedade de vacinação contra a Covid-19

Neste domingo (20), os últimos caminhões foram rebocados de Ottawa, capital do Canadá, após uma operação policial encerrar um longo  protesto de três semanas contra as medidas de proteção à Covid-19, inclusive contra as vacinas.

Trabalhadores limpavam as ruas do centro da capital, onde a tropa de choque entrou em confrontos com manifestantes por dois dias. 

O último manifestante ficou nas ruas até tarde da noite desse sábado (19), enquanto cantava hinos da década de 1980 e soltava fogos de artifício em frente a uma cerca de segurança de quatro metros ao redor do Parlamento. O protesto, porém, esfriou com a chegada de uma forte geada que tomou conta da cidade, segundo a agência de notícias  AFP .

Na manhã de hoje, a polícia vigiava vários pontos da região e as forças de segurança ocupavam o terreno anteriormente dominado pelos caminhoneiros. Duas pessoas foram presas, fazendo com que o número de detidos pelas manifestações chegasse a 191.

No total, 57 veículos foram rebocados para fora da cidade, de acordo com os agentes, e, pela primeira vez desde o dia 29 de janeiro, os moradores não acordaram ao som de buzinas incessantes, que se tornaram um símbolo dos protestos.

Após os protestos iniciados em Ottawa, países como França, Bélgica e Nova Zelândia começaram a adotar medidas de proibição e advertência para impedir o avanço das manifestações de caráter antivacina .

Durante esse período, o tráfego de diversas regiões da capital canadense foi bloqueado e as autoridades temiam pela segurança dos moradores, devido à disseminação de ideias extremistas por parte dos manifestantes. Houve pessoas nas ruas de Ottawa que portavam bandeiras nazistas, perseguiram minorias e ameaçaram repórteres.