Após Canadá, países adotam medidas para conter protestos antivacina
Na Nova Zelândia, a polícia prendeu 120 pessoas. A polícia de Paris anunciou que adotará medidas específicas de segurança para impedir os bloqueios
Após os protestos iniciados em 28 de janeiro, na capital do Canadá, Ottawa, liderado por caminhoneiros antivacina. Países como França, Bélgica e Nova Zelândia começaram, nesta quinta-feira, medidas de proibição e advertência para impedir o avanço das manifestações de caráter antivacina.
Na Nova Zelândia, a polícia prendeu 120 pessoas que bloqueavam, com caminhões e outros veículos, as ruas que ficam próximas ao Parlamento em Wellington, na capital.
Na França, cerca de 1.600 pessoas, de várias regiões do país, participam de uma marcha em direção à capital, com chegada prevista para sexta-feira à noite. A polícia de Paris anunciou que adotará, entre sexta e segunda-feira, medidas específicas de segurança para impedir os bloqueios, incluindo a proibição da aglomeração dos veículos. De acordo com a AFP, as autoridades policiais da capital francesa também pediram “firmeza” aos agentes para reprimir os protestos e quem violar as proibições poderá ser multado ou preso.
Proibições similares também foram adotadas pela Bélgica, onde manifestantes pretendem se dirigir para a capital, Bruxelas, sede da União Europeia e da Otan (Aliança militar ocidental). Segundo o governo belga, o protesto deve chegar à cidade na segunda-feira.
Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, afirmou que o movimento representa uma “pequena minoria marginal”, pois 90% dos caminhoneiros que cruzam a fronteira com os EUA já tomaram duas doses da vacina contra o coronavírus. Além disso, mais de 80% da população canadense também já completaram o esquema de vacinação.
A polícia canadense informou ainda que os protestos vêm recebendo financiamento de simpatizantes americanos, chegando a somar quase US$ 10 milhões (R$ 52 milhões). Os caminhoneiros também foram elogiados pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e pelo CEO da Tesla, Elon Musk.
Nos EUA, forças de segurança se preparam para a possibilidade de que um protesto comece neste fim de semana do Super Bowl, com duração prevista até março.