Rússia anuncia novas retiradas de militares da fronteira da Ucrânia

Aviões bombardeiros também serão retirados da península da Crimeia, segundo o governo russo

Presidente da Rússia Vladimir Putin
Foto: Divulgação Kremlin / Wikimedia Commons
Presidente da Rússia Vladimir Putin

Nesta sexta-feira (18), a Rússia anunciou que começou a retirada de mais  tanques militares da fronteira da Ucrânia e de aviões bombardeiros da península da Crimeia.

"Outro trem militar com soldados e material que pertence a unidades de tanques do exército do distrito militar do oeste retornou para suas bases permanentes" na região de Nizhny Novgorod, a mais de 1.000 quilômetros da Ucrânia, informou o ministério da Defesa russo em comunicado.

Após concluírem um exercício de treinamento planejado, as forças retornam às bases. De acordo com um porta-voz da frota russa, 10 bombardeiros Su-24 que estavam na Crimeia deixaram a península e seguiram para as bases na Rússia.

O governo dos Estados Unidos afirma que a Rússia mobilizou mais de 100 mil soldados para a fronteira ucraniana , o que aumentou uma  tensão de uma possível invasão ao país.

governo russo, por outro lado, nega que tenha qualquer projeto nesse sentido e, desde a última terça-feira, vem anunciando a retirada de algumas tropas militares da fronteira com a Ucrânia.

Em entrevista à agência Interfax , o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, afirmou que diversas unidades já "completaram suas missões" de realizar treinamentos militares planejados na região.

A ação, porém, não foi suficiente para convencer o Ocidente de que uma invasão está descartada.

Exercícios nucleares

Neste sábado (19), o presidente Vladimir Putin também vai supervisionar os exercícios militares russos que envolvem tropas ligadas às forças nucleares.

"Em 19 de fevereiro, sob a direção do comandante supremo das Forças Armadas russas, Vladimir Putin, será organizado um exercício planejado das forças de dissuasão estratégicas", informou o Ministério da Defesa, segundo agências russas de notícias.

O objetivo dos exercícios é  "testar o nível de preparação" das forças envolvidas e a "confiabilidade das armas estratégicas nucleares e não nucleares", de acordo com o ministério.