Universidade de Lisboa
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Universidade de Lisboa

Um ataque terrorista à Universidade de Lisboa, que ocorreria na última quinta-feira (10), foi evitado  pela Polícia Judiciária de Portugal. A ação rendeu elogios do Departamento Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos, que participou da ação de inteligência.  

O feito, no entanto, não foi devidamente reconhecido por parte da impensa portuguesa. A intervenção policial foi criticada por alguns veículos por suposto 'excesso de zelo'. Já os agentes da Polícia Judiciária – em especial, da Unidade Nacional contra o Terrorismo – acusam o poder político de descredibilizar e deslegitimar a operação por conta de "interesses escusos".

Segundo o Total News Agency, um canal de televisão português minimizou a importância do caso ao mostrar o quarto do jovem que planejou o atentado pintando-o como um rapaz inofensivo, exibindo um artefato do Pikachu (personagem do anime japonês 'Pokémon') que ele guardava no local. O veículo teria desvalorizado as motivações políticas para que o jovem tenha planejado o atentado, creditando o ato apenas como um caso patológico de um "jovem perturbado".

Ainda de acordo com o site de notícias, os críticos a atuação da Polícia Judiciária teriam o intuito de apresentar Portugal como um país sereno, tranquilo, de brandos costumes e sem problemas políticos-sociais, além de evitar discutir sobre a presença do Irã em Portugal e o apoio do país a movimentos extremistas, incluindo neonazistas.

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A operação que impediu o atentado teve início com um alerta emitido pela empresa israelense Hagana Security & Intelligence Global Services, que, em colaboração com o Departamento Federal de Investigação (FBI), percebeu a movimentação do jovem nas redes sociais para organização do ataque.

responsável por tramar o ataque foi identificado como Rafael — um jovem de 18 anos com ideais neonazistas, admirador de Adolf Hitler e de Mário Machado, um neonazista português que já foi condenado por diversos crimes.

A Haganah é um braço privado do Mossad, o serviço de inteligência israelense, e trabalha em operações com as principais agências do mundo, como o FBI, a CIA e o DEA (departamento americano que combate o tráfico de drogas). As ações conjuntas aumentam a eficiência das atuações e reduzem os custos necessários no combate ao tráfico humano e à pedofilia, o narcotráfico e o financiamento do terrorismo.

Em uma dessas operações conjuntas, a polícia portuguesa identificou o financiamento dos Ayatollahs do Irã às ações de neo-nazis portugueses liderados por Mário Machado – líder do movimento de extrema-direita Nova Ordem Social –, e na prisão dele em novembro de 2021.

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