O novo primeiro-ministro do Peru, Héctor Valer, é acusado de agredir mulher e filha. As acusações apareceram um dia após Valer assumir o cargo no governo por indicação do presidente Pedro Castillo.
O primeiro-ministro afirmou nesta quinta-feira (3) que não é culpado pelas acusações e disse que apenas "repreendeu a filha muitas vezes como qualquer faz dentro de sua própria casa".
Segundo o jornal El Comercio , o tribunal peruano emitiu medidas de proteção a favor da esposa, Ana María Montoya, e a filha, Catherine Valer, após denúncia de violência doméstica.
Em documento arquivado na delegacia do distrito onde Catherine morava, é possível ver a descrição da queixa: "(Catherine) foi agredida fisicamente pelo pai Héctor Valer Pinto, de 57 anos, que lhe deu tapas, socos, pontapés na cara e em várias partes do corpo, puxando-lhe os cabelos. É tudo o que ela manifesta e denuncia perante a Polícia Nacional do Peru para os fins do caso".
Ontem (2), uma ex-vizinha da família relatou em entrevista à Radioprogramas que gritos e agressões eram ouvidos pela vizinhança. "15 vizinhos se juntaram para que ele fosse despejado como persona non grata. Todo o bairro ficou assustado e com medo, porque este é um bairro tranquilo", disse.
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As denúncias levantam questionamentos sobre Valer ocupar o cargo de primeiro-ministro. Nas redes sociais, a ex-ministra da Mulher, Gloria Montenegro, questinou se ele "pode liderar um gabinete".
"Valer tem uma série de crimes. Casos de violência contra a mulher em nosso país são crimes e devem ser punidos, ele ainda tem denúncias de corrupção. Esse cara pode liderar um gabinete?", escreveu.