Partido Socialista obtém maioria em eleições em Portugal

Premiê António Costa conseguiu vitória expressiva nas urnas

Eleições em Portugal
Foto: Reprodução
Eleições em Portugal

O Partido Socialista (PS) obteve uma ampla maioria nas eleições legislativas realizadas neste domingo (30) em Portugal, dando assim a vitória para o primeiro-ministro António Costa. A sigla conquistou quase 42% dos votos, obtendo 117 das 230 cadeiras do Parlamento português.

Com o bom desempenho, apenas a segunda vez que o PS obtém maioria absoluta em sua história, Costa não precisará mais fazer coalizão para governar, mas afirmou que continuará a "conversar" para ter um governo de consenso.

"Uma maioria absoluta não é o poder absoluto, mas um acréscimo. É uma vitória para a humildade, a confiança e a estabilidade", disse Costa aos correligionários após os resultados.

"Essa maioria só foi possível porque se juntaram ao PS milhares de cidadãos de vários pensamentos políticos que entenderam que era o nosso partido quem poderia garantir as melhores condições de estabilidade", acrescentou.

O premiê, que está no poder desde 2015, governava com uma coalizão que contava com os radicais, os comunistas e o Bloco das Esquerdas. No entanto, no fim de outubro do ano passado, os aliados se uniram à oposição e rejeitaram a Lei de Orçamento de 2022, o que causou a convocação de novas eleições.

Na segunda posição, ficou a sigla de centro-direita Partido Social-Democrata (PSD), com 71 assentos. A legenda era apontada como uma das favoritas e as últimas pesquisas eleitorais chegavam a mostrar um empate técnico com o PS - o que ficou bastante longe da realidade, já que o PSD teve "apenas" 27,8%.

A única previsão certeira das enquetes era que o partido de extrema-direita Chega iria ganhar força nas eleições. A sigla obteve 7,15% dos votos e conquistou 12 cadeiras no Parlamento - até hoje, tinha apenas um representante.

A abstenção dos eleitores também não foi recorde conforme o previsto, com 42% dos portugueses ausentes nas urnas. No último pleito, em 2019, o número havia sido de 51,43%; em 2015, de 44,14%. O índice desse ano ficou no mesmo patamar das disputas de 2011 (41,97%).