Bento XVI é acusado de encobrir caso de padre pedófilo na Alemanha

Relatório independente acusa o então papa de acobertar e não agir diante dos casos de abusos sexuais contra menores na Igreja Católica

Papa Bento XVI
Foto: Wikimedia Commons
Papa Bento XVI

Publicado nesta quinta-feira (20), um relatório independente acusa o papa Bento XVI de encobrir e não agir perante aos casos de  abusos sexuais contra crianças ocorridos na Igreja Católica da Alemanha. Segundo o documento, ele não teria impedido que um padre abusasse de quatro meninos.

No início do mês, um documento interno da Igreja Católica obtido pelo jornal alemão Die Ziet também havia apontado que o arcebispo de Munique e Freising de 1977 e 1982, Joseph Ratzinger — nome de Bento XVI — acobertou casos de abusos contra menores dentro da instituição na década de 1980. Ele, no entanto, nega que soubesse dos casos à época.

Os crimes envolvem o padre Peter H., que teria abusado de ao menos 23 meninos de 8 a 16 anos entre os anos de 1973 e 1996. Um decreto de 2016 da arquidiocese de Munique mostra que a instituição criticou o comportamento dos clérigos, incluindo o de Bento XVI diante dos abusos.

"Ele sabia dos fatos", disse o advogado Martin Pusch, que fez parte das investigações. "Acreditamos que ele pode ser acusado de má conduta em quatro casos. Dois deles são relacionados a abusos cometidos durante a sua gestão e punidos pelo Estado. Em ambos os episódios, os perpetradores seguiram ativos no cuidado pastoral", acrescentou, segundo a CNN norte-americana.