Europol prende acusados de traficar imigrantes e refugiados em iates

Rede criminosa fez 'centenas de milhões de euros' em lucros ilegais, de acordo com as autoridades europeias

Europol prende acusados de traficar imigrantes e refugiados em iates
Foto: Reprodução
Europol prende acusados de traficar imigrantes e refugiados em iates

Uma operação coordenada pela Europol resultou na prisão de 29 pessoas acusadas de tráfico de refugiados para a União Europeia em iates de luxo alugados. As detenções ocorreram na Albânia, na Grécia e na Itália nesta quarta-feira. 

As autoridades afirmam que os suspeitos, principalmente de origem iraquiana e síria, fazem parte de uma rede criminosa de cerca de 80 membros que é supostamente responsável por pelo menos 30 operações de contrabando marítimo. O grupo operava atividades de tráfico de imigrantes da Turquia para a costa de Salento, na Itália, via Albânia e Grécia, e depois para outros países da UE.

Dois presos são irmãos iraquianos e apontados como responsáveis por administrar a logística para ajudar os imigrantes a chegar ao norte da Europa. Alaa Qasim Rahima, de 38 anos, e Omar Qasim Rahima, de 30 anos, foram detidos nas proximidades de Veneza logo ao amanhecer.

A polícia italiana entrou em uma casa e, pouco depois, os irmãos saíram do local algemados. A dupla é suspeita de traficar, sobretudo, refugiados do Iraque e da Síria.

As investigações começaram após um resgate bem-sucedido de imigrantes. Na ocasião, houve a prisão de oito contrabandistas.

Conforme as investigações foram avançando, as autoridades descobriram que a rede criminosa usava principalmente rotas marítimas para transferir imigrantes da Turquia, pela estrada do Mediterrâneo oriental, até seus destinos finais na União Europeia.

As transferências marítimas eram realizadas em embarcações de luxo, principalmente iates, adquiridos ou alugados pela rede criminosa e capitaneados por marinheiros novatos e recrutados pelos criminosos.

As autoridades estimam que os lucros ilegais da rede de tráfico de pessoas cheguem a "várias centenas de milhões de euros".